terça-feira, 14 de junho de 2016

TCC - EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo apresentado à Disciplina De “TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO”, como requisito parcial para a aprovação do Curso de Pedagogia da UNIESP -FAG – Faculdade Guaianás - 6º SEMESTRE.


RESUMO
O objetivo deste trabalho é mostrar os conflitos vivenciados nas tentativas de alfabetizar a criança quando ela se dá conta da existência de uma relação entre a escrita e os sons da fala e percebe a sílaba como segmento da fala. O aluno precisará compreender o nome atribuído a cada letra do alfabeto para, de algum modo, aproximar-se aos sons da fala que ele sempre se expressou e fazê-lo entender que isso pode ser representado através da escrita, fonema e grafema. Abordaremos também a sexualidade infantil, jogos e brincadeiras, abordagens dos pensadores Piaget, Vygotsky e Wallon sobre o desenvolvimento infantil e o papel do professor na educação infantil. Um projeto de aula será apresentado mostrando que a aplicabilidade destes conceitos e técnicas trazem resultados satisfatórios para o aprendizado do aluno. A fundamentação teórica deste trabalho é feita com métodos e pesquisas dos livros relatados nas referências bibliográficas, bem como o problema de falar sobre sexualidade com as crianças.

Palavras-chave: Alfabetização. Sexualidade Infantil, Jogos e Brincadeiras, Papel do Professor.

ABSTRACT
The objective of this work is to show the current conflicts in attempts to alphabetize the child when she becomes aware of the existence of a relationship between writing and speech sounds and perceive the syllable as the speech segment. Students need to understand the name assigned to each letter of the alphabet to, somehow, approach to speech sounds that he always expressed himself and make him understand that it can be represented through writing, phoneme and grapheme. We will also explore infantile sexuality, games and activities, approaches of Piaget thinkers, Vygotsky and Wallon on child development and the teacher's role in early childhood education. A class project will be presented showing that the applicability of these concepts and techniques bring satisfactory results for student learning. The theoretical basis of this work is done with methods and research of books reported in the references, and the problem of talking about sexuality with children.

Keywords: Literacy. Infantile sexuality, Games, Play, Teacher's Role.


SUMÁRIO



INTRODUÇÃO


Abordar programas de aula sobre a Sexualidade Infantil é complexo, pois é um tema meio complicado para ser falado com as crianças, esse tema sempre está presente e faz parte da vida de todas as pessoas e, querendo ou não, sempre vai haver curiosidade por parte dos pequenos, em um momento que eles tiverem acesso às informações através da imprensa. Para as crianças isso é comum, pois está acontecendo com frequência nas TVs e, até mesmo dentro de casa. Por exemplo: Faz parte da educação os homens precisarem ser vistos como fortes, defensores do lar, empreendedor da família. Já a mulher, como uma pessoa terna, sentimental, passiva e encarregada das tarefas do lar. Isso sempre começa em casa, pois sempre separam os papéis dos pais na educação dos filhos.
As crianças, logo quando nascem, associa-se à menina os padrões considerados femininos e ao menino, não é diferente a imposição. A menina recebe de presente os brinquedos de cozinhas ou coisas do lar, também bonecas com seus vestidos fabulosos, e os meninos com carrinhos, bolas e brincadeiras típicas de meninos, preparando cada um para seus respectivos “futuros”.
Também abordaremos a Alfabetização Infantil como a principal aliada para o desenvolvimento intelectual das crianças e os caminhos que levam as crianças até atingir a competência de adulto, suas características e estilos, segundos os pensadores Piaget, Vygotsky e Wallon e seus estudos realizados com desenvolvimento de seus objetos de estudo. Os resultados das avaliações, as ferramentas que as auxiliam e como o retorno investido pode colaborar para crescimento da criança em sala de aula e o desempenho organizacional, poderão ser visualizados neste trabalho.
Quanto à metodológica utilizada para a realização desta pesquisa, as fontes serão dos estudos e pesquisas bibliográficas indicadas pela coordenadora do curso de Pedagogia, a Profa. Dra. Marina Pinheiro Fortunato.



1 EDUCAÇÃO INFANTIL – ALFABETIZAÇÃO, SEXUALIDADE E DESENVOLVIMENTO INFANTIL


O professor de Educação Infantil é o gestor do currículo dos seus alunos. Ele deve mostrar o caminho para esses alunos irem sendo alfabetizados desde a fase do ensino infantil, na creche, na EMEI e nos anos iniciais do ensino fundamental. Esse currículo deve estar sempre em movimento em sala de aula e em toda a escola, que é o espaço social e cenário de socialização para essa construção da alfabetização e escrita dos educandos. Alunos cursando o ensino infantil, lá pelos quatro anos, já têm múltiplas possibilidades para interagir com a escrita. Com muita frequência, os alunos já podem ser incentivados a procurar revistas infantis, livros de histórias para lerem ou para se divertirem.

1.1 ALFABETIZAÇÃO INFANTIL


A criança, desde cedo, tem a capacidade de ouvir e emitir sons. Quando começa a falar, ela passa a fazer parte de um mundo em que as interações são medidas pela linguagem oral, ela seleciona alguns sons e, quando compreendidas, relaciona com objetos presentes no seu dia a dia. Ela começa a compreender, aos poucos, a diferença entre desenhar e escrever, mas ainda não consegue compreender a natureza do nosso sistema alfabético, no qual a grafia representa o som, e não as ideias como nos sistemas ideográficos.
A partir dos conflitos vivenciados nas tentativas de compreender é que a criança se dá conta da existência de uma relação entre a escrita e os sons da fala e percebe a sílaba como segmento da fala, mas acredita que cada letra representa graficamente uma sílaba. Assim, cria a hipótese de que a cada som emitido na fala corresponde uma letra.
A partir do contato com a escrita, e por outros sujeitos letrados, a criança continua o processo de construção, até chegar à percepção de que as palavras possuem unidades menores que as sílabas, os fonemas, e que a cada som corresponde um grafema.
Entretanto, não é de um momento para o outro que a criança percebe todos os fonemas. Alguns demoram muito mais para perceber, como por exemplo o R, no final das palavras, ou os sons nasalizados.
 Nesse processo, a criança também vai se apropriando dos aspectos gráficos da linguagem escrita, isto é, das letras, do uso de maiúsculas e minúsculas, da pontuação, da segmentação, da orientação da escrita. Assim, começa também a compreender as regras ortográficas e formular novas hipóteses.
Quando a criança descobre que a base da escrita é fônica, a tendência é tentar reproduzir o som. Dessa maneira, é comum ela escrever, por exemplo: meninu ou tumati, porque pronuncia essas palavras dessa maneira.
A criança acredita que a sílaba é formada de apenas duas letras: uma consoante e uma vogal, embora as vogais e também consoantes em especial aquelas pertencentes ao próprio nome. Para a criança, é como se a sílaba fosse um bloco de dois elementos. Ao se deparar com sílabas que não são constituídas dessa maneira, formula outras hipóteses para dar conta de escrevê-las.
Acredita-se que a escrita é uma produção da fala, por exemplo: ogatobebeagua quando falamos, essa separação não fica evidente, mas aos poucos a criança vai tendo a compreensão para entrar no mundo da ortografia é um conflito que elas passam para compreender a escrita
Para ajudar a criança nesse processo o professor precisa sondá-la para ver se ela aprende com esse processo pensado pela professora.
Ao interagir com ele nesse sentido, o professor do primeiro ano do ensino fundamental poderá identificar alguns princípios básicos da representação da língua na forma escrita e, ainda que esse aluno pense que está certo ao escrever uma palavra dissílaba utilizando apenas duas letras, ele perceberá que está faltando letras nessa escrita. O professor tem o papel de mediar as aquisições da língua escrita de seus alunos, as especificidades da fala e a diferença de focar na escrita nos níveis de linguagem.
No entendimento de Chauí (2001) o professor deve conhecer seus alunos, suas culturas e o local onde vivem, para oportunizar o desenvolvimento das variações linguísticas, proporcionando a eles a integração social, pois existem alunos que chegam de outras regiões do país com linguagem e cultura diferenciadas. Ignorar isso é não valorizar suas culturas e isso implicará problemas para trabalhar a linguagem.
Para garantir a alfabetização é essencial essa fase de preparação para o domínio dos traçados e o reconhecimento das letras. Para tanto, é necessário que haja uma uniformização dos conhecimentos do grupo para que todos possam evoluir em conjunto.
Alguns alunos, nessa fase, já conhecem seus níveis de desenvolvimento, mas a professora deve manter-se firme para não abrir precedentes que poderá fazê-la perder o controle. Esses alunos em estudo, agora já estão no primeiro ano do ensino fundamental e, a partir do momento em que a leitura e a escrita começarem a ser investigadas sob a perspectiva do professor, na direção dos aspectos de desenvolvimento, põem em evidência um modo particular para entender como a criança aprende a ler e escrever, ou o que seria correspondente entre os sistemas de fala e de escrita. Cada uma das linguagens deve ser explicada e também percebida pelo aluno da mesma maneira. Ex: Ao adquirir a linguagem oral, o bebê começa a imitar a fala do adulto. Após esse período inicial, ele começa a associar os sons ouvidos aos objetos através de sua observação. Ele associa o que o adulto lhe mostra ao mesmo tempo em que fala. O mesmo ocorre na alfabetização. Ele aprende a buscar os elementos sonoros e o conjunto de relações que ligam os princípios da fala e da escrita, que são princípios estabelecidos por convenção.
Como a oralidade antecede a escrita e, segundo o autor, o mecanismo de associação que explica a primeira é traduzido para justificar também os acontecimentos da última. A língua escrita depende de habilidades como, o reconhecimento das letras, exercícios de seus traçados para denominar as letras e as sílabas que permite transcriar os sons da fala para seus equivalentes gráficos, ou o inverso disso. É preciso codificar e decodificar as unidades sonoras emitidas pela fala, para ser transformadas em unidades gráficas na hora de escrever, para, depois acontecer o inverso quando o aluno for ler o que escreveu.
Essa metodologia deve ser desenvolvida com critérios de associações graduadas e com determinada sequência que se denomina de: Unidade fonológica e Unidade gráfica[1], isto é, fonema-grafema. O aluno precisa compreender o nome atribuído a cada letra do alfabeto para, de algum modo, aproximar-se aos sons da fala que ele pode representar na escrita. Ele terá que perceber a influência da fala no processo da escrita. Para que isso aconteça, o treino deverá ser essencial, pois o aluno vai precisar ter habilidade na aquisição e assimilação do fonema-grafema.
O ensino da alfabetização precisa seguir os passos de instruções programadas, por isso a necessidade da elaboração de planos de aulas. Isso facilita extremamente as tarefas da sala de aula, além de uniformizar os conhecimentos do grupo para que todos possam, de fato, evoluir em conjunto. Em posse do plano de aula, adaptado ao currículo que a professora irá gerir. Daí por diante, é só seguir a metodologia que será adaptada à maioria dos alunos e professores. As resistências aos treinamentos serão iminentes e provavelmente se manifestarão, pois é necessário que haja a permanência desses treinamentos em períodos longos, até que apareçam as crianças que consigam decodificar as letras. Algumas crianças se revelam excelentes copistas, mas os embaraços com a língua virão. A professora auxiliará o seu aluno, apontando maneiras de solucionar tais embaraços para diminuir suas frequências. Tudo deve ser pensado em função do código a ser dominado na alfabetização com prioridade nas técnicas de transcrições.
O propósito do professor é tentar compreender de que maneira a criança organiza as informações à escrita como um sistema de apresentação. Sua conquista é entendida como um processo de desenvolvimento. A linguagem oral e escrita é um intercâmbio ativo entre os homens, bem como invenções sociais e, por isso, têm suas regras, principalmente a língua escrita. É isso que a criança precisa entender, mas exige um grande esforço de conceptualização. Demanda a utilização do raciocínio. A medida que a criança vai descobrindo para que serve a escrita e como funciona é porque novos conhecimentos foram assimilados. O aluno precisa pensar nas letras e dizê-las devagar para descobrir qual a sequência de letras ele deve pôr. Isso também exige treinamento pois, agora já partiu para uma coordenação visomotora.
Seber (1997) diz que a conclusão elementar é que a criança deve ler e escrever para aprender a ler e escrever, pois tudo será feito mecanicamente e os exercícios incluem atividades graduadas com critérios de facilidade-dificuldade, como os exercícios de cobrir linhas tracejadas, complementar figuras formadas por desenhos incompletos e contornos que incentive a criança a pressionar o lápis sobre o papel e assim por diante... sempre acrescentando dificuldades crescentes, ou formas visuais próximos como os pares como M-N, E-F, U-V ou formas auditivas próximas como P-B, T-D, F-V.
Certamente, com esses exercícios, a aprendizagem da leitura e da escrita poderá evoluir, visando a facilitação, no futuro, das associações do som com a letra. A professora deve incentivar a criança a acertar, mas quando ela erra é preciso corrigi-la para que aprenda. As conquistas serão de âmbito estritamente escola, por causa da metodologia, por isso, a criança espera que será formalmente ensinada. E, embora a escrita seja acessível às crianças antes mesmo delas serem alfabetizadas, esses métodos adquiridos por ela não devem ser ignorados, antes deve ser colocado como parte integrante do processo de alfabetização estabelecido pela professora, pois elimina etapas para a aquisição da língua escrita e a criança se mostrará questionadora, inteligente e criativa por causa desse contato com a alfabetização e letramento existente em sua vida cotidiana. É engano a criança ser tratada como uma pessoa tola e ignorante.

1.1.1 PLANO DE AULA - CANTANDO AS PALAVRAS[2]


Objetivos: Reconhecer o uso da mesma letra em diferentes palavras. Verificar a relação entre grafema e fonema para alfabetizar.
Material: Uma caixa ou uma sacola para cada criança, tesoura infantil, revista, letras do alfabeto, sacola com várias palavras e figuras, papel sulfite, lápis e fita adesiva.
Participantes: Todas as crianças da turma.
Metodologia: Esta atividade pode ser desenvolvida em grupo ou individualmente. As crianças recortam palavras e figuras e colocam-nas dentro de uma sacola ou caixa. A professora identifica os espaços da sala de aula com letras do alfabeto e depois retira da sua sacola uma palavra ou figura e canta a palavra dando pistas de forma que a letra inicial seja a última pista. A criança por sua vez retira da sua sacola ou caixa a palavra ou figura com a mesma letra inicial., colocando-a no espaço identificado pela letra, isto é, perto das letras que estão espalhadas pela sala.  Após serem vivenciadas várias palavras, a professora distribui uma folha de papel sulfite para cada criança. Ela escolhe uma letra, escreve os nomes das figuras e expõe o trabalho realizado para a sala.

Possibilidades:
·         Atenção;
·         Linguagem oral.
·         Reconhecimento de várias palavras com a mesma letra inicial;
·         Contagem;
·         Noção de maior e menor;
·         Orientação espaço-temporal.

Esses são os desafios da professora no momento da alfabetização. Mas existem outros desafios, pois nem só de alfabetização é feita a vida do professor. Ser professor é acreditar na mudança e no futuro, mas, principalmente na capacidade de o aluno aprender.

1.2 SEXUALIDADE INFANTIL


Sexualidade infantil é um tema meio complicado para ser falado com as crianças, esse tema sempre está presente e faz parte de nossas vidas, querendo ou não, sempre vai ter uma curiosidade, em um momento que as crianças tiverem acesso às informações através de mídias, por exemplo: Propagandas de TV, novelas, programas de TV e etc. Para as crianças isso é comum, pois isso está acontecendo com frequência nas TVs e, até mesmo dentro de casa. Por exemplo, os homens têm que ser vistos como fortes, agressores, racional e empreendedor, já a mulher, como uma pessoa frágil, sentimental e passiva.
Muitas das vezes, nós fazemos as crianças acreditar que sempre o homem é o maioral e a mulher como um simples objeto sexual. Isso sempre começa em casa, pois sempre separam as coisas, quando as crianças nascem sempre associam a menina com a cor rosa e o menino com a cor azul, a menina com os brinquedos de cozinhas ou coisas do lar, bonecas, e meninos com carrinhos, bolas e tudo mais, preparando cada um para seus respectivos “futuros”.
Com as muitas informações que temos nos dias atuais ainda é complicado falar com clareza sobre sexualidade e sexo com as crianças. Isso pode acarretar um comportamento precoce nas crianças, pois a “inocência” delas está envolvida. Elas já não acreditam mais nas explicações mágicas para esclarecer essas dúvidas e assim acaba confundindo ainda mais as crianças.
Referente à sexualidade infantil, podemos deixar bem claro que os meninos e as meninas podem sim brincar um com o outro e trocarem os brinquedos como quiserem. Os meninos podem brincar de bonecas e as meninas de carrinho, normalmente. Só temos que ter o cuidado na creche na hora do banho, pois sempre tem a curiosidade. E as perguntas surgem com grande ingenuidade, mas surgem. Como por exemplo: Por que ele tem isso e eu não tenho? A explicação precisa ser muito cautelosa, pois existem famílias que ainda têm certo receio e se negam a falar sobre esse assunto com os seus filhos. Mas, essas dúvidas sempre têm de ser discutidas, pois as crianças têm o direito de tirarem suas dúvidas, pois muitas crianças que têm as dúvidas podem ser vítimas de abuso sexual por não saber o que está acontecendo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) é bem claro quanto ao papel que cabe ao educador e à escola, nos casos que se constata a existência de um abuso sexual. Segundo a autora, meninos que brincam de bonecas podem ser grandes pais no futuro, ao invés de homossexuais, como alguns erroneamente julgam. Vamos deixar nossas crianças livres desse tipo de pensamento decidido por convenção e deixá-los livres para poderem fazer as suas escolhas.
Sexualidade é um tema que surge conforme a curiosidade das crianças, por exemplo: da onde vem os bebês? Como os bebês são feitos? Por onde nascem? Mas, antes de discutir esse assunto com as crianças, os pais ou responsáveis precisam ser devidamente informados que esse tema será discutido com seus filhos deles, para assim, as dúvidas das crianças sejam esclarecidas conforme o seu interesse. E esse tema, às vezes, oferece algumas respostas simples. Também temos que deixar as crianças exporem suas curiosidades. Sobre o que realmente ela quer saber, com essas dúvidas os professores podem elaborar um projeto com o tema mais abordado nessa roda de conversa e, assim, ajudá-las a obter mais informações, com pesquisas em revistas e outros materiais. Deixá-las se expressarem livremente suas ideias, mas, claro, dentro dos limites das dúvidas. Umas das curiosidades mais frequentes a serem perguntados para os professores é sobre o que é transar, o que é Gay. Isso cabe ao professor responder sem enrolar sem que a sua resposta tenha um tom de preconceito em relação a pergunta.
Podem também procurar várias formas para tirarem as dúvidas dos alunos, através da cultura que a criança está inserida. Isso sim pode ser uma forma boa para fazer o tal projeto e finalizando as dúvidas, ele pode ser exposto à escola, através de cartazes ou apresentações variadas.
Muitas professoras se sentem responsáveis pela a orientação sexual das crianças, principalmente quando se trata de meninos. E, muitas vezes, se algum menino sentir interesse por brincar de boneca, logo é visto como um “probleminha” a ser resolvido, pois, por ignorância, pode achar que esse menino deve estar com dúvida de sua sexualidade e, dessa forma, ele é encaminhado para o SOE - SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, ou até mesmo para tratamentos psicológicos, mas isso não é a coisa certa a fazer. Se fosse certo fazer isso como os meninos, por que essas atitudes não são tomadas também com relação às meninas que brincam de carrinho? Tais comportamentos são considerados normais para os dias de hoje e, muitas vezes, a gente pode considerar que seja apenas uma igualdade entre os gêneros.
Também cabe a professora colocar uma certa barreira no que seja apropriado para menino e menina, pois vivemos em um mundo de diversidades, mas também muito preconceituoso e, muitas vezes esse preconceito começa dentro de casa, quando o pai inconscientemente fala que esse menino será o garanhão da família. Ou diz que a filha não vai namora tão cedo. Precisamos ver o que realmente é o melhor para as crianças, ou então, podemos deixá-las que elas escolham por si próprias os brinquedos que querem brincar e as cores de roupas que querem usar.
Só não podemos obrigá-las a viver em um “mundinho” de azul para os meninos e rosa para as meninas. Esclarecer dúvidas sobre a sexualidade fortalece o aluno e cria condições para que ele não se sinta diminuído ou vulnerável quando for abordado por outros alunos e isso melhora o desempenho escolar. Assim, a professora é fundamental como orientador dos alunos em parceria com os pais. Para muitos alunos, a professora é a única pessoa com quem eles podem contar para ampliar seus conhecimentos sobre essa área e pode desenvolver nessa criança uma nova visão sobre fatos que, às vezes no seu meio social, podem ser tratados como sem importância para a vida deles. Ignorar essas dúvidas pode acarretar a sua busca pessoal de informação e muitas vezes o que ele ouve, pode não ser apropriado para a sua idade. Uma professora que está atenta a importância desse papel, faz toda a diferença na vida dos seus alunos na Educação infantil. Ela se torna uma pessoa capaz de aumentar a bagagem da vida dessa criança evitando que ela tenha constrangimentos desnecessários, mas sempre em parceria com os pais para evitar maus entendidos.

1.2.1 JOGOS E BRINCADEIRAS


Pesquisas sobre jogos, feitas de diferentes formas teóricas, concluíram que diversas espécies de mamíferos se ocupam de explorar o meio para obter conhecimento sem propósito de sobreviver, tais atividades se fazem necessário para o comportamento à vida adulta desses animais.
O humano é diferente, mas muito significativo dessa situação, pois possui a capacidade de se relacionar com várias pessoas e interagir de diferentes formas, e tomar decisões.
Para criação de fantasias faz-se uso de jogo simbólico ou faz de conta, necessárias as leituras não comuns do mundo.
Pesquisas sobre o jogo, feitas de diferentes formas teóricas, concluíram que diversas espécies de mamíferos.
Abrindo assim caminho para autonomia a criatividade, a exploração de significados e sentidos, e também age na capacidade da criança de imaginar e de representar, combinados com outras formas de expressão.
Só os jogos ainda caminham para aprendizagem de regras sociais.
Ao brincar várias funções cognitivas estão interligados, afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação, memória.
Brincando a criança tem o seu equilíbrio afetivo favorecido, cria condições para significante transformação da consciência infantil, pois exige das crianças formas e elementos de relacionamento com o mundo.
Em virtude das características ocorre: a comunicação interpessoal que ela envolve não se deve considerar ao pé da letra.
Seu enredo é imprevisível, pois sua indução a regras e mudanças de papeis que os participantes fazem com seu enredo seja cada vez diferente um do outro.
Através da brincadeira as crianças exercitam suas capacidades, de representarem, o mundo e de distinguir entre pessoas, especialmente pelo jogo de faz de conta e os de alternância.
Ao brincar a criança começa a compreender as características dos objetos, como funcionam, os elementos da natureza e os acontecimentos sociais.
Ao tomar o lugar do outro na brincadeira começa a diferenciar as situações, o que torna mais fácil a elaboração do diálogo interior igual ao seu pensamento verbal.
A brincadeira possibilita a construção de várias possibilidades de ação e maneiras novas de conseguir os elementos do ambiente.
Os objetos usados nas brincadeiras especialmente são de maneira simbólica como se fosse um substituto através de gestos imitando posturas, expressões e palavras que a criança tem o hábito de ouvir. Por exemplo, quando pega um objeto de madeira e usa como pente.
Mais tarde a reprodução das situações é menos memória em ação mais comportamento baseado em regra. A criança pode só gesticular ou dizer já me penteei como integrante do enredo que está criando.
Ao imitar o outro as crianças precisam captar o modelo em suas características básicas, percebendo em sua habilidade perceptivo postural conforme se modelam afetivamente a ele. Com isso decifram o conjunto de impressões que captam o outro, descobrindo diversas possibilidades de ações no meio em que vivem e notando a diferença entre os elementos originais trazidos para a situação presente.
Permitindo ao indivíduo como que recuperar o passado no presente ao mesmo tempo em que este é projetado para o futuro, abrindo - se para o novo.
O campo Inter psicológico produzido pelas interações infantis nas brincadeiras, quando as crianças e seus parceiros confrontam suas próprias "zona de desenvolvimento proximal” nos termos de Vygotsky, leva-os a representar de maneira mais abstrata, ou seja, modos pessoais construídos de forma histórica de pensar, sentir, memorizar, mover-se, gesticular, etc.
Sendo assim a base de toda ação criativa precisa de uma inadaptação experimentada pelo indivíduo em relação ao meio, quando cria necessidades e desejos, exigindo novas respostas.
A ação criativa necessita da imaginação, depende da experiência anterior e se desenvolve através de brincadeiras simbólicas.
A criatividade daria condições para o indivíduo como parte em um ambiente em mudança, onde aconteceu muita recriação de sentidos; permitindo ao indivíduo como recuperar o passado no presente e ao mesmo tempo já se projetar para o futuro para o novo.
Os desejos e as necessidades no processo de adaptação as situações de faz- de- conta são construídas através de impressões sensoriais, alterados e distorcidos, pela imaginação, são após recombinados, formando um sistema, posteriormente será cristalizado em uma obra; essa fantasia passa a influenciar outros objetos sociais.
A imaginação desenvolve-se por toda a vida, livre ainda que pouca na criança, porém o adulto por ter várias experiências pode provar de uma função imaginativa extremamente rica e madura.
Há vinculação entre imaginação e emoção.
Pode-se afirmar que a função imaginativa depende da experiência, das necessidades e interesses, da capacidade combinada na atividade de dar forma material aos seus frutos, ou seja, os modelos de criação que influem no ser humano.




1.3 DESENVOLVIMENTO INFANTIL (Piaget, Vygotsky e Wallon)


1.3.1 Piaget


O desenvolvimento infantil é dividido em tais fases:
Sensório motor (0 - 2 anos). Ao nascer, o bebe tem padrões inatos de comportamento, como agarrar, sugar e atividades grosseiras do organismo, segundo Piaget.
As modificações e o desenvolvimento do comportamento ocorrem como resultado da interação desses padrões inatos (semelhantes a reflexos) com o meio ambiente. O bebê então começa a construir esquemas para assimilar o ambiente.
Nesse estágio, seu conhecimento é privado e não tocado pela experiência de outras pessoas (o mundo é ele).
Pré-Operatório (2  -  7 anos). Dividido em dois períodos: o da Inteligência Simbólica (dos 2 aos 4 anos) e o período Intuitivo dos 4 aos 7 anos onde a criança já inicia a diferença de real e imaginário, e consegue iniciar as brincadeiras de faz de conta.
Operações concretas (7 - 11 anos). O indivíduo consolida as conservações de número, substancia, volume e peso. Desenvolve também noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade. Organiza então o mundo de maneira lógica e operatória. É capaz de estabelecer compromissos, compreende as regras podendo ser fiel a elas.
Operações formais (11 – 15 anos). No período formal as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento, e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. Enfim, é a “abertura para todos os possíveis”.
A contribuição de Jean Piaget é inegável, até para aqueles que consideram a Teoria Cognitiva insuficiente para explicar como o desenvolvimento e a aprendizagem infantil e como acontecem.



1.3.2 Vygotsky


Os conceitos científicos são formais, organizados, sistematizados, testados pelos meios científicos, que em geral são transmitidos pela escola e que aos poucos vão sendo incorporados ao senso comum. Trabalha com a ideia de zonas de desenvolvimento. Todos temos uma zona de desenvolvimento real, composta por conceitos que já dominamos. Vamos imaginar que numa escala de zero a cem, estamos no trinta; esta é a zona de desenvolvimento real nossa. Para os outros setenta, sendo o nosso potencial, Vygotsky chama de zona de desenvolvimento proximal.
Se uma pessoa chega aos cem anos, a sua Zona de Desenvolvimento Proximal será ampliada, porque estamos sempre adquirindo conceitos novos. Estabelece três estágios na aquisição desses conceitos. O primeiro é o dos Conceitos Sincréticos, ainda psicológicos evolui em fases e a escrita acompanha. Uma criança de, aproximadamente, três anos de idade escreve o nome da mãe ou do pai, praticando a Escrita Indecifrável, ou seja, se o pai é alto, ela faz um risco grande, se a mãe é baixa, ela risca algo pequeno. Aproximadamente aos quatro anos de idade, a criança entra numa nova fase, a Escrita pré-silábica, que pode ser uni-gráfica: semelhante ao desenho anterior, mas mais bem elaborado; Letras Inventadas: não é possível ser entendido, porque não pertence a nenhum sistema de signo; Letras Convencionais: jogadas aleatoriamente sem obedecer a nenhuma sequência lógica de escrita.
No desenvolvimento, aos quatro ou cinco anos, a criança entra na fase da Escrita Silábica, quando as letras convencionais representam sílabas, não separa vogais e consoantes, faz uma mistura e às vezes só maiúsculas ou só minúsculas.
Com aproximadamente cinco anos, a criança entra em outra fase, a Escrita Silábica Alfabética. Neste momento a escrita é caótica, faltam letras, mas apresenta evolução em relação à fase anterior.
Com mais ou menos seis anos de idade, a criança entra na fase da Escrita Alfabética: já conhece o valor sonoro das letras, mas ainda erra. Somente com o hábito de ler e escrever que esses erros vão sendo corrigidos. Ferreiro aconselha não corrigir a escrita da criança durante as primeiras fases. No início, ela não tem estrutura e depois vai adquirindo aos poucos. Nesse instante o erro deve ser trabalhado, porque a criança está adquirindo as estruturas necessárias.

1.3.3 Wallon


Este autor defende que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente, que o afeta de alguma forma ele nasce com um equipamento orgânico, que lhe dá determinados recursos, mas é o meio que vai permitir que essas potencialidades se desenvolvam.
"Uma criança com um aparelho fonador em perfeitas condições, por exemplo, só vai desenvolver a fala se estiver em um ambiente que desperte isso, com falantes que possam ser imitados e outros mecanismos de aprendizagem", explica Laurinda (saiba mais no trecho de livro na página seguinte).
Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em etapas, que para ele são cinco: impulsivo-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e puberdade e adolescência. Ao longo desse processo, a afetividade e a inteligência se alternam. No primeiro ano de vida, a função que predomina é a afetividade. O bebê a usa para se expressar e interagir com as pessoas, que reagem a essas manifestações e intermediam a relação dele com o ambiente. Depois, na etapa sensório-motora e projetiva, a inteligência prepondera. É o momento em que a criança começa a andar, falar e manipular objetos e está voltada para o exterior, ou seja, para o conhecimento. Essas mudanças não significam, no entanto, que uma das funções desaparece. Como explica Izabel Galvão no livro Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil, "apesar de alternarem a dominância, afetividade e cognição não são funções exteriores uma à outra. Ao reaparecer como atividade predominante, uma incorpora as conquistas da anterior".

2 O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Na perspectiva Sociointeracionista cabe ao educador o papel de mediar  experiências diversificadas e enriquecedoras  que fortaleçam a autoestima e amplie suas capacidades diante do mundo, dito isto este profissional jamais poderá ter alunos favoritos este ambiente precisa enriquecer laços de respeito é primordial para auto estima da criança, trabalhar com atividades que englobe todas as capacidades da criança cognitivas e motoras, e fazer com que esta criança seja uma cidadã ativa no mundo, e ciente de seus deveres e direitos.
Adaptação, Relacionamento entre escola e pais, Alimentação, O uso de chupetas, desfralde.
Não existe um padrão de comportamento cada indivíduo reage a sua maneira com o ambiente e tem o seu tempo individual de resposta, a escola sempre terá tais questões na educação infantil são sempre as mesmas aflições dos pais, cabe ao educador ter paciência não só com a criança mas com seus pais pois este processo acaba por tornar- se ainda mais difícil para família do que para criança em si pois os pequenos reagem rapidamente aos estímulos externos e as mudanças, claro tudo respeitando o tempo individual deles,
No entanto é preciso ser claro quanto as mudanças da infância pois tudo está em constante transformação, cabe ao educador esta sensibilidade de compreender estas tais transformações e adaptar ao dia escolar.
Existem as fases que não se pode pular como a adaptação escolar onde é um delicado processo de criança e educador onde vão estabelecer os laços de amizade confiança, é neste instante que inicia seu desenvolvimento escolar e não pode ser tratado como obrigação da criança, mas como um momento de alegria, para que fique registrado em sua memória lembranças positivas.


CONCLUSÃO


O objetivo geral desta pesquisa foi demonstrar a importância dos professores e todos os atores da estrutura escolar para o desenvolvimento dos alunos através dos planos de aulas e suas metodologias no sentido de mediar as aquisições da língua escrita de seus alunos, as especificidades da fala e a diferença de focar na escrita nos níveis de linguagem no contexto de Alfabetização e Sexualidade. Nesse sentindo foram analisadas através dos resultados alcançados por autores das técnicas pedagógicas para a elaboração de currículos, nos quais o professor é o principal gestor dessas especificidades no currículo do aluno.
As pessoas são instrumentos fundamentais para as organizações atingirem seus objetivos podendo aumentar ou diminuir seu sucesso, esse grau varia de acordo com a motivação e valorização do gestor. As escolas buscam investir no desenvolvimento de seus professores através da Jornada Especial Integral de Formação (JEIF) para despertar seus potenciais, permitindo que estes aflorem e cresçam até o nível desejado para que possam contribuir com os aprendizados cada vez mais eficaz de seus alunos. As escolas possuem recursos próprios sendo que o fundamental para sua funcionalidade são as pessoas, bem como, os gestores, os professores, quadro de apoio, alunos e seus familiares.
O planejar, organizar, dirigir e controlar são processos que requerem a presença desse profissional docente para potencializar a força do trabalho com visão no futuro e criar estratégias com a finalidade de alcançar a excelência do ensino e aprendizagem dos alunos, auxiliando-os, incentivando-os e promovendo melhores desempenhos, sempre compartilhado com os seus familiares. O papel do professor na Educação Infantil também implica em avaliar o desempenho dos alunos, periodicamente, mantendo a comunicação com o objetivo de evitar o individualismo e a divisão da equipe, para isso existem ferramentas e técnicas de gerenciamento que o auxiliam a identificar a causa de problemas que e determina medidas corretivas, sendo necessário que esse professor conheça essas ferramentas e técnicas para utilizá-las conforme suas necessidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


CAMPOS, Maria Malta; ROSEMBERG, Fúlvia, Critérios para um bom atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC/ SEF/ COEDI,1995.

CRAIDY, Carmem Maria, KAERCHER Gládis Elise P. da Silva. Educação Infantil, Pra que te quero?. São Paulo: Artmed, 2000.

OLIVEIRA, Zilma Ramos, Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez Editora, 2002.

SANTOS, Maria Lúcia. A expressão livre no aprendizado da língua portuguesa (Coleção Pensamento e Ação no Magistério). São Paulo: Scipione, 2004.

SEBER, Maria da Glória. A escrita infantil: o caminho da construção (Coleção Pensamento e Ação no Magistério). São Paulo: Scipione, 1997.



REFERÊNCIAS WEBGRÁFICAS


1. ALMEIDA, Grazielle Tomaz de. Relações entre unidades fonológicas e unidades gráficas. Disponível em:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/FichaTecn
icaAula.html?>. Acesso em: 05 Jun. 2016.

2. Pedagogia ao pé da letra. Cantando as Palavras. Disponível em: <http://pedagogiaaopedaletra.com/a-alfabetizacao-brincando-com-as-letras-e-com-as-palavras/>. Acesso em: 01 Jun. 2016.



[1] Vide referências webgráficas.
[2] Vide referências webgráficas.

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Texto de: Adriana Sousa dos Anjos Bittencourt, Álvaro João dos Santos, Jayne Aparecida Gomes, Luciana Aparecida Pereira Bezerra, Maurício José dos Santos e Vanderléia dos Santos Pedrozo.

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