As formigas e o grilo Genebaldo
As formigas estavam trabalhando sem cessar naquele ano, pois segundo o meteorologista Tatu Bola, aquele seria o inverno mais rigoroso dos últimos trinta anos. E, para piorar ainda mais a situação, houve uma grande tempestade e, devido a sua força, acabou com quase toda a última colheita. As formigas não pararam de trabalhar, mesmo desoladas com a tragédia da tempestade, conseguiram retirar toda a água do compartimento inferior do formigueiro e já estavam estocando o suprimento quando apareceu o grilo Genebaldo na cratera e perguntou:
- Ajudem-me, companheiras. Cheguei de uma viagem longa e faz muito tempo que não como nada e ainda por cima, estou sentido um frio terrível e não tenho nem uma folhinha para me cobrir.
As formigas entreolharam-se e perguntaram ao grilo:
- Por que você acha que devemos ajudá-lo? O que você estava fazendo durante o ano inteiro?
- Viajei em turnê artística pela Amazônia, mas não consegui guardar nenhum dinheiro que ganhei, o custo de vida está muito alto. Os preços dos hotéis cinco estrelas estão pela hora da morte.
Antes das formigas voltarem ao trabalho, elas esnobaram o grilo Genebaldo, dizendo-lhe:
- Já que você passou o ano inteiro na Amazônia, agora, se vira no Alasca!
Moral: O pão pobre da preguiça é o legado dos vagabundos.
*Paráfrase da fábula: "A formiga e a cigarra".
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Texto de Álvaro Pensativo
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