domingo, 26 de julho de 2015

"GÊNEROS EFÊMEROS".


A Sol, o Lua, o Terra e as efêmeras estrelas...

Começou, há muito tempo, a trajetória da (Sol) dando o ar de sua graça sempre ao amanhecer de cada dia, do ponto de vista terrestre e, mesmo sendo a gigante estrela, desafia-a o corretor gramatical automático que reclama, em sublinha verde, o erro gramatical empregado para o seu gênero. O parêntese exclui o problema verde evidenciando a correção pela vontade e vaidade da liberdade poética do escritor.

Mas quem dera ser (a Sol) a própria reclamante desse corretor gramatical impositivo. Ela (A Sol) diria ser feminina e considera-se a luminária da Via Láctea (caminho do leite?), pois fornece luz e calor, de graça, para quem sente frio durante o dia e cegueira durante a noite ao se esconder atrás da bunda gelada do (Terra) durante a noite enluarada ou nublada. 

Justificaria sua feminilidade, pois sempre aqueceu o (Terra) com o calor terno de uma mãe quente e eterna. Nunca quis se aproximar do (Lua), o satélite do (Terra), sua antiga namorada. Ao contrário sempre fugiu dele para proteger o seu verdadeiro pretendente, o planeta Terra. Ela (A Sol) não é masculina em si, apesar de ser o astro rei. Muito menos a Terra escolheu ter traços femininos. É ele (o Terra) um planeta azul da cor do mar. 

O (Lua), às vezes, com seu minguado luar, revela-se, no piloto automático, o satélite natural do (Terra). Determinando sobre os oceanos do vizinho (o Terra), mas mantém-se aquecido nas marés cheias do seu planeta favorito, posto seu vizinho terráqueo. Será o (Lua) um lunático das galáxias?

Entretanto, circulando como um pião vagueia o orbitante (o Terra) ao redor da (Sol) que, por sua vez, é o centro do Universo, visto de longe devido às suas paralelas luzes. Fonte inesgotável de irradiante calor proeminente. 

Vivemos no (Terra), namorado da (Sol), que dança em seu espaço demarcado e pontilhado pelas efêmeras estrelas, com o bailado giratório da sua solidão de cupinzeiro habitado. Como um bailarino solitário no universo calado, mas ensolarado pela tocha da (Sol).
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Autor: Onofre W. Johnson

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