quinta-feira, 16 de julho de 2015

"VIRGEM OU SANTA".

Texto de Onofre W. Johnson

Virgem ou Santa.

Por que Deus buscou uma virgem para ser mãe do Senhor Jesus? Precisava de alguém puro para ser mãe do seu filho unigênito?  O fato é que a virgem Maria, mãe de Jesus, não precisava ser virgem para ser a mãe de Jesus. É óbvio que Deus pode realizar o milagre que ele quiser. “Agindo Ele, quem impedirá?” Isabel, tia de Jesus deu a luz a João (o batista) e já era idosa. Esse milagre foi tão grande que o pai de João, o Zacarias, ficou todo atrapalhado para acreditar que isso estava acontecendo a ele. Imagina ser pai com a idade avançada? Mas a proporção do milagre aumenta quando você olha Isabel sendo mãe em idade avançada. O tamanho desse milagre foi admirável tanto quanto o milagre de Sara quando ficou grávida de Abraão, dela nasceu Isaque. A esposa de Manoá também era idosa quando deu a luz a Sansão. Creio que todos estão convencidos de que Deus pode realizar qualquer milagre na genética humana. A especialidade de Deus é justamente realizar milagres. Para Deus não há impossíveis. Mas, enfim, porque Maria tinha que ser virgem para ser a mãe de Jesus? Se, por ventura, ela não fosse virgem poderia contaminar a pureza do mestre? Claro que não. Ela tinha que ser virgem justamente para se cumprir a profecia de Isaías 7:14. Deus tem compromisso em cumprir a sua Palavra e se o profeta de Deus falou, tem que se cumprir. Um profeta contestado não pode representar a Deus.

Se formos observar a mulher pega em fragrante de adultério e trazida aos pés do Senhor, pela lei, isto é, pelo que Moisés instruiu, essa mulher teria que ser apedrejada. Era um legítimo cumprimento da lei. Não há nada de errado em cumprir uma lei, mesmo que essa lei seja burra. Aqueles homens levaram-na até Jesus que ficou escrevendo na areia. Na verdade ele estava pensando: - E agora? Não tem como evitar esse fato. Jesus poderia ter ganhado algum tempo pedindo para trazerem o homem que estava em adultério com a adúltera. Sim, porque na Bíblia, estava escrito que os dois deveriam ser apedrejados. O sistema era tão machista que trouxeram apenas a mulher para ser castigada. Mas o Senhor não quis atiçar a multidão para essa intolerância sexual. Ou o homem era alguém muito influente na cidade e deveria ter muitos advogados para defendê-lo, ou simplesmente esqueceram-se de trazê-lo para o apedrejamento. O fato é que Jesus tinha que dar uma resolução rápida para esse entrevero. Jesus ainda estava pensando, escrevendo na areia. Já ouvi pregadores dizendo que, na verdade, Jesus estava escrevendo o pecado de cada uma das pessoas que estavam ali para o apedrejamento. Será? Pode ser que sim. O fato é que o Senhor não poderia mudar em nada do que estava escrito na Torá. Se mudasse uma vírgula já seria motivo de acusarem-no de herege.  Que sinuca de bico, hem Jesus?  Não há como não cumprir a Palavra de Deus. O profeta falou, está falado! Então Jesus parou de pensar, parou de escrever na areia e olhou para a multidão e disse: - Aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra. Que tenso, não? O resultado é que começaram a sair os anciãos e depois o restante da multidão, ficando a mulher só. A mulher foi justificada, mesmo sendo uma adúltera, crime inafiançável para a época.

A pergunta ainda é: Por que a virgem Maria tinha que ser virgem? Jesus justificou a adúltera, não poderia justificar a mãe do Senhor? Notou como ele escolheu a virgem justamente porque o profeta havia falado? Essa era a única razão. O profeta disse, setecentos anos antes de se cumprir, que a virgem conceberia e daria a luz ao Emanuel, o filho de Deus que viria salvar o seu povo da escravidão. E Deus enviou o Anjo Gabriel e através do Espírito Santo, Maria engravidou, mesmo sendo virgem. E você que leu, presenciou a confusão na vida de José, que para honrar a Maria, iria recorrer ao mesmo versículo que Moisés havia escrito sobre adultério. Espalharia que violou a virgindade da moça, que neste caso, só que seria morto, se fosse pego, seria ele, José. Maria seria poupada, pois foi forçada a se deitar com o moço. Porém o Espírito Santo não permitiu tal coisa. E num sonho, contou a José que o bebê que viria ao mundo era gerado do Espírito Santo. E foi isso mesmo que aconteceu. Todos aceitaram a informação, pois quem duvidar do Espírito Santo é um pecador imperdoável.

Mas, e se ela não fosse virgem não iria rolar a salvação do povo judeu? Deus daria o seu jeito, assim como Jesus deu um jeito de salva aquela mulher adúltera. Ele tem pressa em cumprir a sua Palavra. Está escrito, na Palavra de Deus, que aquilo que Deus santificar não pode ser chamado de impuro. Ele disse isso a Pedro que estava olhando o lençol com os bichos impuros. Deus falou para ele matar e comer. Pedro disse: Eu não vou comer coisa impura, Senhor. Então, Maria não precisava ser virgem. O Espírito Santo a santificou e o que ele santifica não pode ser chamado de impuro por ninguém. Estando Maria pura diante de Deus e dos homens, se restasse alguma dúvida quanto à capacidade que Deus tem de purificar humanos é só olhar na genealogia de Jesus que está no livro de Mateus, no primeiro capítulo e você lerá o nome de Raabe, mãe de Boaz, marido de Rute que gerou a Obede que gerou Jessé que gerou ao rei Davi que adulterou com Bate-seba que era esposa de Urias, que gerou ao rei Salomão e estão todos entre os tataravôs do mestre. Sim, Raabe era a famosa meretriz que escondeu os espias de Josué em Jericó. Imagina agora o que a oposição religiosa diria: Jesus, o filho de Deus que nasceu da virgem Maria santíssima, neto tataraneto de uma meretriz? Isso mesmo! Mas Jesus não se importou com nada disso, pois não faz acepção de pessoas. Ele reina. Maria seria purificada mesmo que não fosse virgem, mas o profeta falou, está falado.
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Onofre W. Johnson

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