quarta-feira, 27 de maio de 2015

"UMA TARDE COM CORTELLA".

 
Prof. Dr. Mario Sergio Cortella

"Somos incompletos".
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Escrito por Onofre W. Johnson

“OS ALUNOS DE HOJE NÃO SÃO MAIS OS MESMOS”.
Dizer que os alunos de hoje não são mais os mesmos não faz o menor sentido. É evidente que não. Alguém que diz isso demonstra um pouco de insanidade mental. É claro que os alunos não são mais os mesmos. Até aí é uma constatação. Doença é saber que eles não são os mesmos e continuar a dar aula do mesmo jeito que dava há vinte anos. Porque, se eles não são os mesmos, como continuar fazendo as coisas do mesmo jeito? Você tinha vinte anos, eles cinco. Você fez trinta anos, eles cinco. Você fez quarenta, cinquenta anos e eles continuam com cinco anos. Como disse Einstein: “Tolice é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes”. Não queremos ser tolos, mas podemos sê-los, e seremos se esquecermos de colocar-nos em prontidão para aprender de forma contínua. Pois, já dizia Paulo Freire: “Só é um bom ensinante quem for também um bom aprendente.”

UMA AULA MODERNA

          Não podemos confundir antigo, com velho. Exemplo: Uma aula expositiva é antiga, mas não é velha. Velha é uma atividade que não atinge o objetivo. Velho é o procedimento que não cumpre a sua tarefa. Muita gente supõe que, para dar uma aula moderna, será preciso eletrifica-la. Não necessariamente. Não é a tecnologia que moderniza uma mente pedagógica. É que uma mente pedagógica moderna não dispensa a tecnologia, quando ela for necessária. Power Point, Data show, nem sempre será necessário utilizar essas coisas. É preciso saber quem é o sujeito ao qual será dada essa aula moderna. Como poderei saber o que sabe aquele aluno que está na minha frente? Exemplo: Um aluno que entrou esse ano na Universidade nasceu em 1997. Isto é, ele não conheceu Ayrton Senna. Senna morreu três anos antes d’ele nascer. Esse aluno não assistiu a um filme, muito antigo, de 1997, chamado “Titanic”. Aliás, esse aluno não conheceu “Mamonas Assassinas”. Aquele grupo musical que tanto encantou aos nossos domingos, com suas músicas “intelectuais e espirituais”. (risos) No dia 2 de maio, deste ano de 2015, fez dezenove anos da morte deles. Eles morreram em 1996. Isso significa que os alunos de dezoito anos, que nasceram em 1997 não os conheceram. Os alunos do Ensino Fundamental I e II são ainda mais jovens. Inclusive eles não sabem o que é Mamona, Quanto mais, Assassinas. Eles podem supor que seja o nome de algum vírus e vão perguntar: - Mamonas, o quê, professor? - Assassinas. - O que é isso, professor? - É não. Era um grupo de Rock dos anos 90, mas morreram. - Morreram de que, professor? - Desastre de avião, morreram todos. Eles cantavam “Brasília Amarela”. - O que é Brasília, professor? - Vocês nunca viram uma Brasília? Aquele carro com dois carburadores? - O que são Carburadores, professor? Os carros deles têm injeção eletrônica. (risos)

GERAÇÃO X e Z

Tudo mudou e você quer que seja tudo igual? A tecnologia veio para ajudar-nos. Ao invés de você sentar, acomodar-se e chorar, aprenda-a. Ao invés de amaldiçoar a escuridão, acenda velas. Somos alunos a vida inteira, ou seja, estamos sempre em estado de nutrição. A pior coisa é quando o professor perde a humildade pedagógica e acha que já sabe tudo e, portanto, não precisa mais aprender. Gente grande de verdade sabe que é pequeno e por isso cresce. Gente muito pequena acha que já é grande e o único modo dela crescer é se ela diminuir a outra pessoa. Se quisermos crescer, temos que nos saber pequenos. Quem achar que já é grande o suficiente, pequeno continuará. Pequenos não são inferiores, são apenas humildes. As pessoas humildes sabem enfrentar as agonias da vida, mas ensinam e aprendem continuamente. Um professor não pode ensinar se não souber. Ele vai estimular os alunos a aprenderem, se ele não souber, haverá uma incoerência. Tem colega que confunde dificuldade de aprendizagem com dificuldade de audição. Exemplo: Um professor de Física começa a ensinar Issac Newton e diz: Atenção Classe! Disse Newton: “Os corpos se atraem na razão direta das suas massas e na razão inversa do quadrado da distância entre eles”. Alguma dúvida? A classe recua, imediatamente, porque ter dúvida é feio e fica todo mundo quietinho. De repente um aluno diz que não entendeu. E o professor pergunta: Qual parte, você não entendeu? Tudo, responde o aluno. Então vou explicar de novo. Menino, preste atenção! E, com a voz mais elevada, ele diz: “Os corpos se atraem na razão direta das suas massas e na razão inversa do quadrado da distância entre eles”, entendeu? Não, professor! De novo, mas com o tom da voz mais ainda elevada, ele diz: Menino: “Os corpos se atraem na razão direta das suas massas e na razão inversa do quadrado da distância entre eles”. Aquele aluno não está com problema de audição, percebe? Mas, por que aquele professor não explica de outra forma? Porque, talvez não o saiba. Então ele acha melhor que ninguém tenha dúvidas. É melhor que ninguém levante hipóteses, porque ele não saberá explicar.
Nesse mundo de alta velocidade tecnológica, você e eu, temos uma deficiência muito grande. Exemplo: Falar de Ayrton Senna para o menino que entrou este ano na Universidade precisa ser dito de forma diferente para ele, pois o aluno não conheceu o piloto de Fórmula I. Ele nasceu em 1997 e o Senna morreu em 1994. Para nós, Senna é alguém de agora. Mas, Ayrton Senna do Brasil não conheceu cerca de 80% das coisas que utilizamos hoje. Exemplo: Ninguém no Brasil, com menos de trinta anos de idade, tem vínculo com Formula I. Temos dois tricampeões do mundo e um bicampeão nessa categoria de esporte, mas a última vez que o Brasil ganhou um campeonato foi em 1991, com Ayrton Senna, ou seja, há 24 anos não vemos nenhum brasileiro vencer na Fórmula I. E quando vencemos pela última vez, o presidente era Fernando Collor, que agora é da Comissão de Ética no Senado. (risos) A União Soviética ainda existia. Quem se lembra do Gorbachev, que parecia que tinha um pequeno mapa na sua calvície? A inflação no Brasil era de 3.000% ao ano. Quem ia ao supermercado tinha que correr na frente do funcionário que marcava o preço. Se você tivesse pouca velocidade, pagaria mais caro no produto que ele estava remarcando. A inflação era cotidiana. Hoje, a hipótese é de 8% de inflação ao ano. Essa informação já nos arrepia. Ayrton Senna para a maioria dos nossos alunos é História, para nós é Memória.

MEMÓRIA E HISTÓRIA

Setembro de 2001 para os nossos alunos não significa, absolutamente, nada. Em 2001 eles tinham quatro anos de idade. Para todo mundo o atentado de 2001 é Memória, Para ele é História. Cada pessoa, no dia do atentado das Torres Gêmeas, talvez até se lembre do que estava fazendo naquela terça-feira, 11 de setembro de 2001, às 08h15min da manhã. Chamaram você para mostrar-lhe na TV que estavam atacando os Estados Unidos. Você assistiu, ao vivo, o segundo avião se chocando no prédio. Pensou até que fosse reprise do primeiro, mas percebeu que já era um segundo avião batendo nas torres. O nosso aluno não sabe de nada disso.
Em março do ano passado (2014) desapareceu um avião da Malaysia Airlines, até hoje não foi encontrado. Todos ficaram preocupados, achando que ia ser usado em mais um atentado. Os alunos nem ligaram os fatos. Não está na memória deles.
Como é que eu dou aula para ele? Digo para o aluno que um dia ele saberá? Ou faço uma ponte do seu conhecimento prévio ao meu conhecimento teórico, para, assim, juntos, chegarmos naquilo que é necessário, ou seja, o aprendizado? No ano passado, durante a Copa do Mundo 2014, foi usada uma propaganda só com a voz de Ayrton Senna para nos estimular a torcer pela nossa Seleção. Você viu que funcionou? (risos) A sua voz está em nossa Memória, mas, 1/3 da população não tinha a mínima ideia de quem era aquela voz. Porque para os nossos alunos Ayrton Senna do Brasil é História. Os seus ídolos são outros. São os lutadores de MMA, jogadores de futebol e o surfista Medina, que apareceu agora. A Formula I, a música da vitória (tan tan tan, tan tan tan ), a bandeira quadriculada, para eles não faz o menor sentido.
Ayrton Senna morreu em 1994 e não conheceu a Internet que só apareceu em 1995. Ela fará vinte anos de Brasil. A Internet mudou o jeito de como o brasileiro faz compras, mudou o jeito de fazer pesquisas, mudou a comunicação no planeta Terra. Enquanto você está aí, lendo este Blog, a sua caixa postal está lotando de mensagens, mas, daqui a pouco você vai lá e atualiza tudo. É o mundo rápido. Ayrton Senna não conheceu o celular em alta escala. Há vinte anos, ou seja, em 1995, quase ninguém tinha celular. Era muito caro e parecia uma arma de defesa pessoal. Dava para calçar o pneu do carro com a bateria do celular. (risos) Era tão raro que, quem tinha celular, deixava tocar em público, porque era sinal de Status. Havia camelô em São Paulo que vendia celular falso só para tocar. (risos) Em vinte anos o celular fez zoom! O meu telefone celular manda e-mail, têm seis mil músicas, tira foto, grava filmagem, grava som, tem GPS, tem cotação da Bolsa, tem serviço de meteorologia, tem conexão com rádio, televisão e se eu precisar, ainda faço ligação. (risos)

O seu aluno não usa o celular para falar, usa-o para escrever. Eles reinventaram o telégrafo. (risos) Ninguém, com menos de vinte anos de idade, põe isso no ouvido. Se você encontrar alguém na escola com isso no ouvido, é idoso. (risos) Faça um teste. Quer falar com o seu filho agora? Liga para ele. Ele não atende. Manda um SMS que ele responde e ainda escreve com um único dedo. Há vinte anos, se você escrevesse com um único dedo, mandavam você embora da empresa. Ninguém, com menos de vinte anos de idade, colocou a mão numa máquina de escrever. Tinha que usar os dez dedos. Tinha que ter o curso de Datilografia. Você escreveu no seu curriculum que era exímio datilógrafo. Onde está o seu diploma, agora? O seu pai falou que se você não fizesse o curso de datilografia, você não ia ser ninguém na vida. Hoje, competência é escrever com o dedo polegar. Boa parte dos jovens escreve com os dois polegares. Atenção, porque isso pode mudar a nossa atividade. Está começando a vir o reino do Polegar novamente. Durante séculos na História da humanidade nós usávamos o indicador para fazer atividades. Hoje é o polegar. Você compra um carro novo, ele tem funções no volante. Às vezes marcha, GPS, espelho, farol. Você já imaginou que nós precisamos aprender tudo isso novamente. Temos duas possibilidades: A gente senta e chora ou levanta, sacode a poeira e dá volta por cima e vai aprender a fazer. Não pense que você está sendo substituído. Você só precisa fazer a sua aula de outro jeito. Precisa organizar um Blog para passar informações para os seus alunos. Ajudá-los, enviando detalhes através de E-mail. Os alunos estão voltando a escrever. Onde eles estão escrevendo? No Twitter, no Facebook, Whatsapp, Instagran. A geração que nasceu nos anos 90 só usava o telefone. Dos anos 2000 para cá, usa o telefone para escrever e, portanto, escrevem. Tanto, que aumentou a venda de livros de papel. Eles querem livros e não livrinhos. Eles querem "livrão": Sagas, Trilogias, Harry Potter, Livros de Vampiros, com 3, 4 volumes grandes. E muitos professores não se deram conta disso ainda, reclamando que seus alunos não leem. As livrarias criaram espaço para jovens e crianças para eles sentarem e ficarem lendo. A nova geração voltou a ler, enquanto a geração antiga voltou a colorir. A prova disso é que o presente mais vendido no dia das mães foram livros para elas colorirem. Vêm acompanhados de caixa de lápis de cor com 36 cores. Todos nós tínhamos um sonho de consumo de ter uma daquelas e agora estamos ganhando de presente. O menino está sentado e lendo, enquanto o pai dele está colorindo. (risos)

O mundo muda. Como agora eles escrevem e quem escreve precisa ler, senão escreve errado e se escrever errado na Internet, ele "toma pau" um segundo após publicar o que escreveu. Então ele começa a querer aprender a escrever para não ser envergonhado. Escreveu errado, serão vinte e cinco unlikes de tiração de sarro. Então, ele fica esperto para não pagar mico. Aí alguém poderá dizer que o jovem escreve errado, ele escreve vc ao invés de você. Não tem problema, porque há trezentos anos o “vc” se escrevia “vossa mercê”. Há duzentos anos virou “vosmicê”, há cem anos virou “você” e agora vai virar “vc”. Podem incorporar à forma culta de linguagem, ou não. Incorporaram o “você” na forma culta ao invés de “vossa mercê”, pode ser que o nosso “você” vire “vc”, por que não?
Para fazer a Gestão do Conhecimento é preciso ter humildade e abrir a cabeça para as coisas novas. Se Ayrton Senna não conheceu celular em alta escala, o meu aluno da Faculdade não conhece Pen drive. Esse dispositivo, para eles já passou. Eles armazenam os seus dados nas nuvens. Eu pedi que eles entregassem um trabalho em pen drive, eles disseram: Pen drive, professor? Não tem mais nem onde abrir isso. Foi aí que constatei que era uma verdade. Os novos Tablets não têm mais entrada USB para pen drive. E tem gente que ainda nem começou a usar pen drive e eles já saíram do circuito. Outro dia perguntei para uma professora se ela tinha pen drive e ela disse que tinha, mas o médico tratou e ela se livrou. (risos)
Ayrton Senna não conheceu GPS. Um aparelho que fala com você. Ele te dá ordens: Vire à direita na próxima quadra, vire à esquerda, siga em frente. Parece que quem está lhe dirigindo é a tua sogra. E agora, já está vindo o carro sem motorista. Vi uma notícia que o Google está testando o carro que circula sem motorista. É um carro todo operado por satélite, com GPS e sinalizador de proximidade. A gente assusta e posso dizer que foi o mesmo susto que eu levei quando cheguei a São Paulo. Em 1967/68, o primeiro lugar que eu fui fazer compra foi no Mappin. Quem se lembra do Mappin? (risos) Se você se lembra, deveria já estar afastada. (risos) O Mappin fechou as portas há mais de vinte e cinco anos. E quando a gente pegava o elevador tinha um ascensorista. Mas quando eu fui, em outra ocasião, não tinha mais o ascensorista. Levei um susto! Não tinha ninguém dirigindo aquilo. Parecia com algumas Secretarias que a gente fica com aquela sensação de que não fica ninguém as dirigindo. O elevador não tem nem número para você apertar. Você diz e ele obedece. O Metrô de São Paulo durante vinte e cinco anos manteve um funcionário no primeiro vagão para o povo não entrar em pânico. Porque se o povo soubesse que aquele trem não tinha ninguém dirigindo, ninguém ia andar. Os trens são dirigidos daquele centro da Rua Vergueiro. É o computador que dirige e deixa um funcionário ali só para dizer: Próxima estação, Vergueiro. E agora nem isso tem. Como o povo já cansou, já dá para dizer que não tem ninguém dirigindo, mas nunca teve ninguém dirigindo aquilo lá. (risos)
Ayrton Senna não conheceu injeção eletrônica, não conheceu Facebook, Twitter, Google, Easy taxi, Uber. São Paulo até bem pouco tempo era refém das Cooperativas de táxi. Tinha que pagar mil e quatrocentos reais por mês para ter direito a um rádio táxi. Agora ele paga quatrocentos reais e está tudo resolvido. Mas para quê pagar cooperativa se eu posso baixar o aplicativo Uber? Tudo muda! Na escola as coisas também precisam mudar. É uma encrenca. Os alunos são do século XXI, nós somos do século XX e os métodos são do século XIX. Você já imaginou? O aluno nasceu no século XXI, nós, os professores, nascemos no século XX e a metodologia que a gente usa é do século XIX. (risos) A organização disciplinar, a avaliação não está batendo e, por isso, dá encrenca.
O Senna não conheceu uma coisa que demorou em chegar às escolas: O DVD. Há escolas utilizando Videocassete. Boa parte de nós não temos mais DVD em casa. Se quiser ver um filme ou vê no cabo, ou na internet, Netflix. Airton Senna não chegou a usar, porque o aparelho de DVD apareceu após a sua morte. Onde a gente via filme antes do aparelho de DVD? Tem gente que comprou aparelho de videocassete no consórcio. Tinha uns que vinha do Paraguai. Tinha uns com duas cabeças. (risos) O DVD apareceu em 2003. Mas, só há dez anos que o povo brasileiro começou a comprar DVD. Ele custava mil e duzentos reais. Depois baixou para seiscentos, duzentos, cem e agora você compra uma revista e ganha um aparelho de DVD. Compra um cacho de banana ganha outro aparelho de DVD. E hoje, se eu disser que quem ficar até o fim da minha palestra ganhará um cupom para o sorteio de um aparelho de DVD, não fica ninguém. Há dez anos, ficaria todo mundo. (risos) Têm dez anos que existe o DVD e até hoje tem gente que não sabe ligar ainda. Você quer assistir um filme em casa, chama o teu menino de dez anos e pede para ele ligar aquela porcaria. Aí ele vai lá e arruma a imagem e, depois, judia de você, pois vai embora antes que o filme acabe. E quando acaba o filme você pega o controle remoto e fica olhando para ele, pensando: Será que tem que rebobinar? (risos) Lembra quando pagava multa quando não rebobinava a fita VHS? (risos)
Quero aproveitar esse final e lembrá-lo de algo que vai te ajudar. Os professores de antigamente nos faziam estudar muito, isto é, decorar. Mas decorar não serviu. Para que iria servir? Serviria se fosse nos anos 1950. Mas para os dias de hoje, com a velocidade das coisas do jeito que estão neste mundo de mudanças, não serve mais. É preciso pensar não só na ideia dos saberes integrado entre si, mas também integrados para o cotidiano. E isso exige de nós a humildade. Para que tenhamos a capacidade de saber que têm coisas que a gente não sabe para que a gente consiga, como categoria profissional, fazer melhor tudo aquilo que a gente já faz. É preciso humildade, alegria, sabedoria e capacidade para entender a importância que temos e olhar para o mundo em que a gente está e achá-lo, absolutamente, encantador, cheio de encrencas, mas nenhuma delas insuperável. É só olhar com um pouco mais de carinha para a nossa capacidade de termos uma gestão de conhecimento que seja de fato conhecimento e que não se limite a ser mera informação. Ayrton Senna, Mamonas Assassinas e pessoas que estão em nossa memória, nos emocionam. E eu preciso puxar essas coisas para lhes fazer pensar sobre o que é que emociona os seus alunos. Assistimos os jovens ouvirem "funk" que são músicas com letras completamente nojentas. Eu adoro "funk" desde o tempo que James Brown fazia nos Estados Unidos. Mas essas letras que eles colocaram nos "funk" são nojentas. E meninos de dez anos de idade estão ouvindo essas músicas podres. Não é podre só porque contem palavrões, ela não é uma música erótica, ela banaliza a relação de sexualidade, que é uma coisa tão bela na nossa capacidade humana, a sexualidade, a eroticidade, e é tão bonito quando a gente entende a nossa capacidade de fazer amor. É, literalmente, uma coisa belíssima. Não é a sexualidade que a gente discute em nossas escolas. Discutimos a violência sexual que está demais. Sexo sem consentimento é violência. O problema não é uma menina de treze anos fazendo sexo com um menino de treze anos, a questão mais séria é a violência dentro da escola. Não dá para controlar tudo o que acontece numa unidade escolar, no entanto, precisamos, pelo menos, saber o que é que eles estão ouvindo. Eu preciso aprender a ouvir o que o meu aluno ouve. Ah, mas isso que eles ouvem não é música. Para ele é. Eu gosto de ouvir Caetano Veloso, Chico Buarque. Isso também é música. Eu preciso saber o que é que emociona o meu aluno para eu poder dar aula para ele. Estou ouvindo One Direction, pois preciso entender porque as meninas da Europa estão se mutilando só porque um dos integrantes da banda está saindo. Será que isso é bobagem. Não, não é. Eu não preciso gostar de Lady Gaga, embora eu esteja até gostando (risos), mas eu tenho que saber o que emociona o meu aluno. Amanhã, ouça meia hora de sertanejo universitário. É duro ouvir isso, eu sei (risos), mas ainda tenho uma esperança com relação ao sertanejo universitário, de que ele se forme. (risos) Porém eu preciso ouvir para saber de onde ele tira a sua aquela emoção.
No mundo de mudança, cuidado! Há pessoas que dizer que faz isso há vinte anos. Cuidado! Hoje de manhã, aqui perto, num hotel, uma mulher fez sinal para um táxi, ela entrou e sentou-se no banco de trás e disse que queria ir para o Aeroporto de Congonhas. Quando já estavam na Avenida 23 de Maio, ela achou que algo estranho estava acontecendo, pois os motoristas de táxi falam tanto, em São Paulo e aquele estava tão quieto e desde que ela entrou no táxi não disse uma palavra. Ela concluiu que talvez não tenha sido simpática com ele e resolveu falar com ele. Quando ela bateu em suas costas, ele meteu o pé no freio, subiu em cima da calçada e começou a suar. Ela, vendo ele pálido, resolveu pedir desculpas e disse que não teve a menor intenção de assustá-lo. O taxista, recompondo-se lhe disse que era ele que pedia desculpas, pois aquele era o primeiro dia que ele dirigia um táxi e ela tinha sido a primeira passageira. Ela, então, lhe perguntou o que ele fazia antes de ser motorista de táxi e ele respondeu que era motorista do Serviço Funerário (risos). Tome cuidado com as batidinhas nas costas. São tempos diferentes, modos diferentes e decepções diferentes. E, repetindo Einstein: “Tolice é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes”. Somos portadores de uma profissão que nos dá a possibilidade e a capacidade de ficarmos alegres, humildes, fortes e capazes de construir uma educação, uma profissão, uma atividade que nos honre, nos anime e, acima de tudo, nos coloque numa percepção de clareza de que vivemos porque não envelhecemos a ideia e a prática. Continuaremos a nutrir e ser nutridos no conhecimento, nos valores e na formação e na vida.
"A grande verdade é que estamos lidando com pessoas do século XXI, somos do século XX e a metodologia que temos para usar é do século XIX. Aprendamos a lidar com o novo ou seremos engolidos por eles".
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*Extraído da Palestra do Prof. Dr. Mario Sergio Cortella, no XVIII Congresso da Aprofem do ano de 2015, em 19 de maio de 2015.
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Escrito por Onofre W. Johnson


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sexta-feira, 22 de maio de 2015

"FRÁGIL".

Onofre W. Johnson

Frágil


O ser humano é assim, mesmo. Ele precisa ser cuidado por alguém. Ele é carente de cuidados. Quando ele ouve alguém dizer que o outro é maravilhoso, ninguém disse que ele é péssimo, mas porque viu alguém ser elogiado ou aplaudido, ele se fragiliza.

É como o artista que está no palco e vê o outro artista, daquela peça, ser mais aplaudido do que ele. Então ele se flagela e sente-se menor, sem sê-lo. Ele precisa ser aplaudido. Precisa ter o seu ego massageado. "Até os homens perversos desejam ser reconhecidos em suas perversidades".

O que ele, realmente, precisa enxergar é que as pessoas, que estão a sua volta, também existem e precisam continuar existindo. Elas, na verdade, existem para acrescentar coisas em nossas vidas. Denegrir suas imagens é passar um atestado cabal de caráter duvidoso. A pessoa que faz isso demonstra um pouco de insanidade mental.
 O ciúme precisa ser tratado. A inveja é prejudicial, pois a convivência com todos é fundamental para a gente poder crescer. Cresça, mas não se ofenda se os outros também crescerem.
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Onofre W. Johnson

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sábado, 16 de maio de 2015

"TESTEMUNHO DE CURA" - By: Pra. Priscila Rodrigues


Conheça o testemunho da Pra. Priscila Rodrigues
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Por: Pra. Priscila Rodrigues

* Testemunho de Pra. Priscila Rodrigues dos Santos sobre a Cura do seu filho: Murilo
* Escrito por Álvaro J. Santos

Pra. Priscila Rodrigues dos Santos

Domingo, 19 de abril de 2015. 

Eu estou muito feliz, nesta noite de domingo, porque o Senhor Jesus é tão bom para comigo, amados. É tão maravilhoso a gente ver o cuidado do Senhor. E como todos sabem, eu passei vinte dias com o meu filho internado no hospital, e agora estou aqui, segurando para não chorar, pois se não fossem as orações de todos os irmãos e irmãs, unidas com as minhas, certamente eu não estaria aqui, feliz como estou hoje. O Senhor repreendeu ali, o espírito de morte e eu estou muito feliz, pois ficou provado que o Senhor tem cuidado de mim, da minha casa. Hoje eu posso chorar, mas de felicidade, igreja!

Apocalipse 3:8 – É neste versículo que eu entro dizendo, amados, que o Senhor colocou diante de mim uma porta aberta, no momento que eu mais precisei. Quando eu achei que não havia mais nada a fazer, não havia mais saída, achando até que o meu filho iria partir, bem ali, diante dos meus olhos, o Senhor Jesus providenciou uma porta.

Domingo de Páscoa, no dia da Cantata

No dia 28 de março, eu estava aqui na Igreja, acompanhando ao Culto da "Campanha das Portas Abertas" e as meninas lá do berçário vieram informar que o Murilo estava com a temperatura elevada. Fui verificar e vi que ele estava com as bochechas vermelhas. Os irmãos da Brigada de Incêndio levaram o termômetro e constataram que ele estava com 38° de febre. Eu tinha Dipirona na bolsa, ele tomou e vomitou na Irmã Maria Eugênia. Coitada, ficou toda molhada. Não tinha roupa para ele na bolsa. Então, o levei para casa e disse para o meu marido que ele estava com febre, mas tinha dado remédio e precisava voltar para a Campanha, ajudar a mãe (Pra. Cida), ia pedir oração na Igreja por ele e depois, se precisasse, o levaria ao médico e, então, voltei à Igreja. 

A mãe, naquele dia, pregava sobre as afrontas do inimigo, e sempre que nos levantamos para fazer a obra do Senhor, o inimigo se levanta com fúria para atrapalhar... E Jesus disse que no mundo, teríamos aflições, mas pediu para termos coragem, pois o Senhor venceu o mundo! E eu não tenho apenas falado a Palavra de Deus. Tenho procurado viver. Desde que eu nasci o Pr. Francisco me ensinava isso. E ainda que não estejamos vivendo 100%, estamos aqui, nos santificando e aprendendo a viver a Palavra. O Senhor Jesus nos aperfeiçoará. E, quando os irmãos começaram a passar pela porta, o Bruno estava ao celular, querendo falar urgente. Saí do culto e fui atendê-lo. Ele disse que já estava no Hospital Geral com o Murilo tendo convulsão. A partir daí, não vi mais nada. Queria voltar e terminar a Campanha, mas alguns irmãos aconselharam-me que, talvez fosse melhor ir, então, saí correndo para o hospital. Antes, precisei passar em casa e pegar documentos, e nessa hora não dá nem para saber como é que a gente dirige. Quando cheguei ao hospital, meu filho estava só de frauda. O Bruno estava chorando igual a uma criança. O Murilo já estava desacordado, tomando medicação na veia... Nessas horas de emergência, precisa ir ao hospital mais próximo e realizar os primeiros socorros, pois quando a criança está com convulsão, o tempo não é um aliado.

Pra. Cida Rodrigues e o pequeno Murilo

Lá no Hospital Geral, aplicaram 167mg de "Hidantal". O Murilo fez um ano e têm onze quilos. Essa dosagem é alta até mesmo para um adulto. Nessa mesma noite, três crianças chegaram ao hospital com convulsão. Eles deram a mesma medicação para os três. Mas, como ele dormiu, parecia que estava tudo bem, pois, eu não tinha ideia da quantidade de remédio que eles aplicaram, se era alta ou não, a gente não sabe essas coisas. Passou a madrugada de domingo, o Murilo apresentava alguns reflexos de que ia convulsionar novamente. A sua mão entortava, eu gritava para a enfermeira correr para ver. Ela dizia que ele estava bem, que eram só reflexos... Na segunda-feira, algumas irmãs foram até lá e a cena que viram as deixou chocadas. O Murilo parecia um bebezinho vegetativo, totalmente sem movimentos. Desde a hora que ele tomou a medicação não apresentou nenhum movimento. As irmãs não quiseram chorar na minha frente, mas quando saíram, elas disseram que choraram muito. O Murilo tinha comido alguma coisa só no domingo, às cinco da tarde. Passou o domingo, a segunda-feira e ele só dormia. O Hospital Geral não tinha agulha infantil, mesmo assim, furaram o meu filho, umas vinte vezes, com agulha de adulto. Furaram o braço dele muitas vezes... Ele ficou todo roxo. Furaram os pés, furaram em todos os lugares. Ele não tinha mais veia. Não colocaram soro para hidratar. O período que ele ficou ali, só dormiu. Na segunda-feira, à tarde, ele convulsionou novamente. Eles aplicaram mais uma dose de "Diazepam". Na segunda-feira a noite, acharam que ele ia convulsionar de novo, aplicaram "Fenitoina". Num curto espaço de tempo, eles aplicaram três medicações diferentes com dosagens altíssimas, e ninguém fazia nada. Ninguém podia me ajudar. Eu chorava, eu clamava a Deus, pois percebia que não estava certo. Por que ele não acordava mais? Ele não tinha nenhuma reação, só convulsionava... Ninguém me dizia o que estava acontecendo. 

Até naquele momento, eu não sabia de nada. Daí, na segunda-feira, por volta das 23h00, chegou um médico e me chamou de canto, e com um sotaque de boliviano ou chileno, não sei ao certo, ele me falou para eu tirar o Murilo dali, imediatamente. Caso contrário eu não ia ver a criança acordar viva. Ele disse que o que fizeram com o Murilo no hospital era muito grave. Ninguém conseguia responder como é que ele ainda estava respirando. Foi aí que eu entrei em desespero total! 

Não existe uma mãe que vê o seu filho morrendo e não entra em desespero! Temos Convênio Médico, mas eles estavam negando a internação de UTI. Desde o domingo que o Bruno ligava para o Convênio, de meia em meia hora, implorando socorro, dizendo que o Murilo estava em estado grave. O Convênio negava internação, informando que não tinha vaga disponível. Houve uma hora que disseram que podia ir até com a polícia que não conseguiria vaga. E eu desesperada querendo tirar o Murilo daquele hospital, urgente! Liguei para a minha mãe, chorando. Ela e o Léo ligaram para vários irmãos para pedir oração... Foi quando eu abri a Bíblia e o Senhor ministrou ao meu coração:


Ministração da Pra. Priscila Rodrigues

Em Atos 12:5 – O apóstolo Pedro estava passando por uma situação difícil, mas os irmãos da igreja estavam orando incessantemente a favor dele. E foi isso que aconteceu, Igreja. Vocês se uniram a mim em oração, em clamor. Liguei para o irmão João (da padaria), e dizia para ele arranjar uma viatura, porque eu ia precisar de polícia para tirar o Murilo daquele hospital e também chegar com a polícia no Convênio para obrigar eles a atenderem o meu filho. Daí, o Bruno ligou lá no Hospital da Beneficência Portuguesa de São Caetano. Descobriu que cada diária ficaria em cinco mil reais. A gente venderia o carro, a casa, venderia os sapatos, venderia qualquer coisa que fosse preciso ser vendida, para poder ter atendimento. Após meia hora, eles retornaram a ligação e nem mesmo lá, irmãos, não tinha internação de UTI pediátrica disponível. 

Eu não tinha mais nada para fazer, não tinha mais nada para tentar. Meu filho estava piorando cada vez mais... Eu não tinha mais saída! Foi exatamente aí que aconteceu: Atos 12:5 - Eis que ponho diante de ti uma porta aberta. E foi por volta de uma hora da manhã de terça-feira que aconteceu algo. A minha mãe falou que as irmãs estavam orando neste momento, várias irmãs acordadas, orando, unidas clamando, em vigília, juntamente comigo nessa batalha, chegou uma mulher pulando com a folha na mão, dizendo: “Mãezinha, mãezinha, o seu Convênio Médico ligou, informando que eles estão enviando a ambulância. Eles conseguiram uma vaga lá em Cotia. Mãezinha, você vai?”
Era um hospital que eu nunca tinha ouvido falar. Longe, lá no meio do mato. Com tanto hospital aqui em São Paulo, por que o senhor não abriu uma porta aqui, mais perto, no Hospital da Vila Mariana, no Hospital da Luz, ou até mesmo o Hospital Vitória de Anália Franco? Tanto hospital que eu conheço o Senhor foi abrir essa vaga lá em Cotia. Mas, se o Senhor está na frente, eu vou, eu vou, porque eu sei que foi o Senhor que preparou essa vaga. Foi o Senhor que abriu essa porta. O Senhor está dando livramento! Obrigada Senhor Jesus! Aleluia!!!”

E foi a partir daí que o Senhor começou a operar. Eu sabia que era lá, naquele hospital, que o Senhor restituiria a saúde do meu filho. Entretanto, o Murilo não acordava! Saímos do Hospital Geral com a ambulância da remoção, e quando chegamos ao Hospital de Cotia, a médica que atendeu, nos deixou em choque. Ela viu o Murilo todo roxo, a sua boca extremamente ressecada, sem reações. Ela colocava a luzinha nos olhos dele e nada acontecia. Ele estava com 82% de saturação. A médica não estava acreditando que permitimos que o Murilo chegasse a esse estado. E eu dizia que o meu filho estava bem na Igreja, teve febre, convulsionou, deram remédios para ele e ele ficou assim... A médica, então, disse que ia aceitar o caso do Murilo no hospital e, juntamente com a sua equipe, faria o melhor para a sua vida. Ali, eu pude ver a mão de Deus.

Irmã Arielle e Murilo

Tentaram viabilizar a veia do Murilo umas dez vezes, não conseguiram. Ele estava muito desidratado. Tive que autorizar uma punção na jugular. Foi muito doído ver aquela cena, mas tiveram que furar ele no pescoço para poder hidrata-lo. Não havia outro lugar no corpo do meu filho que pudesse entrar uma agulha. 

Ninguém daqui da Igreja estava sabendo da gravidade do problema. Muitos perguntavam: “Vinte dias internado por causa de uma febre?” - Foi por isso que resolvi tirar algumas fotos e postar para os irmãos. Eu sabia que vocês estavam orando, mas quando a gente sabe o que realmente está acontecendo, a oração, a intercessão, o clamor é aumentado. E foi a partir dali, que o Murilo começou a reagir. Ele tomava 10 ml de remédio através da sonda de hora em hora. Eu não podia sair de perto dele, pois já estava no sétimo dia de internação e nada dele acordar.

Pra. Priscila, seu marido Bruno e Murilo

E foi na Páscoa, bem no dia da "Cantata de Páscoa". O meu coração estava para explodir, porque eu queria tanto estar na Igreja. Participei dos ensaios da Cantata, e eu amo tanto esse trabalho. Eu queria estar aqui, com a Igreja, mas como eu poderia deixar o meu filho lá? Ele não falava nada, não me reconhecia, o seu olhar estava distante, disperso, sem movimentos. No dia do meu aniversário, o Murilo ainda estava nesse mesmo estado. Desde o dia 28 de março até o dia 7 de abril, não mudou em nada o seu comportamento. Ele abria os olhos e não conseguia se comunicar. Eu só chorava, porque eu lembrava de que o meu filho era uma criança normal. Ele já estava falando e agora não conseguia se comunicar. Fazia fisioterapia de manhã, tarde e noite, mas não se movia na cama. E eu pedia ao Senhor que não deixasse o meu filho ter sequelas. Pedia para Deus não permitir que o meu filho vivesse como um vegetal. E já que o Senhor o salvou da morte, que restitua a saúde integral do meu filho também. E cada dia que eu acordava, lia uma mensagem enviada por alguém da Igreja. Eu lia cada uma das mensagens de carinho da Igreja. Sou muito grata a minha casa de oração, lia todas as mensagens, todas mesmo! E clamava ao Senhor para me ajudar, para me dar forças... 

Festinha improvisada (por novos amigos no hospital)
para o aniversário da Pra. Priscila.

O meu filho estava sofrendo muito, e já era dia do meu aniversário. Eu queira comemorar, sair com a minha família, sair com meu marido, mas preferi ficar ali no hospital com o Murilo, sabendo que o Senhor estava cuidando dele. O Senhor preparou pessoas maravilhosas no hospital. Fizeram uma festinha com bolo para alegrarem o ambiente. Recebi aquela homenagem de vídeo da Igreja, fiquei muito emocionada. Mostrei o vídeo lá no hospital e todos puderam ver, admirados, como essa igreja é especial na minha vida. Eu só tenho que agradecer a Deus por essa Igreja. Sabia que havia oração incessante neste lugar a favor da minha vitória e eu tenho certeza que foram as orações da Igreja que serviram para salvar a vida do meu filho. Deus abriu uma porta no momento certo.

Para piorar a situação, o Murilo teve uma pneumonia gravíssima. Passou a tomar dois tipos de antibióticos e muita medicação. Além disso, teve uma alergia junto com a pneumonia. Suspeitaram que fosse dengue. Já não bastava tudo isso e agora, dengue? Mas, depois dos testes feitos, constataram que não era dengue. Era só um comportamento do corpo contra as inúmeras medicações. Graças a Deus. E após a tomografia, descobriram que ele não pode ficar em estado febril, se passar dos 37,5° de temperatura, ele convulsiona. É tanta coisa! 

E foi só no décimo segundo dia de internação que o Murilo reagiu, e, todo furadinho, com o acesso no braço, abriu os olhos, começou a ter movimentos nas mãos, nos pés, nas pernas, só não conseguia andar e ainda não tinha voltado a falar. Daí ele, após quatro dias, foi melhorando da alergia, curou a pneumonia e foi melhorando...

O pequeno Murilo foto tirada em 18/04/2015

E, após vinte dias internados, porque a gente fica internada junto, e vê a luz do sol e dá um desejo de ir embora, com dor nas juntas, dor na coluna, na perna. Mas, finalmente, após aqueles longos vinte dias, o Murilo recebeu alta do hospital, ontem (18/04/2015). Voltamos a nossa casa. Glória a Deus!

E, hoje pela manhã, eu fiquei muito feliz, pois, desde que voltamos, o Murilo ainda não tinha brincado com a irmã. A irmã Arielle foi visitá-lo, ele não a reconheceu. Ele não tinha falado nada, e, querendo ou não, fica aquela desconfiança: “Será que ele estava com alguma sequela?” O coração da gente fica ali, querendo confiar no Senhor, pois a fé é sobre as coisas que não vemos, é sobre algo que esperamos. E o inimigo fica colocando dúvida, mas precisamos insistir e ter fé, mas o coração nos engana e nos deixa temerosos. E eu estava aqui, na reunião de trabalho do "Encontro com Deus", e a minha mãe veio me dizer que o Murilo a chamou de vó, que o Murilo pegou o chinelo e falou Pá. Ele está chamando a Alice, e aí o meu coração se alegrou. Foi o maior presente que Deus me deu. Essa foi a certeza de que Deus restituiu completamente a saúde do meu filho e, então eu agradeci muito mais ao Senhor! Graças a Deus!

Creia que o Senhor Jesus pode fazer milagre. Para o homem é impossível, mas não para Deus. Eu realmente não tinha mais esperança, não tinha para onde ir, não tinha policial para ajudar. E então eu me lembrei de que o Pr. Francisco conheceu o Murilo e profetizou sobre a vida dele, da Alice e do Leonardo, dizendo que "eles seriam muito usados pelo Senhor".

É neste versículo que eu encerro esse testemunho, amados. Porque o Senhor colocou diante de mim uma porta aberta, no momento que eu mais precisei. Quando eu achei que não havia mais nada para fazer, não havia mais saída, achando até que o meu filho iria partir, bem ali, diante dos meus olhos, o Senhor Jesus providenciou uma porta e repreendeu o espírito de morte. Hoje o Murilo está muito bem, para a glória de Deus!

“Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”. Apocalipse 3:8

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* Testemunho de Pra. Priscila Rodrigues
* Escrito por Álvaro J. Santos

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"TESTEMUNHO CONTADO NO ENCERRAMENTO DA CAMPANHA DAS PORTAS ABERTAS"


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sexta-feira, 15 de maio de 2015

"DESINTERESSADOS POR IGREJA".

Onofre W. Johnson

COMO EVANGELIZAR HOMENS DESINTERESSADOS POR IGREJA?

Normalmente, os pedidos para evangelizá-los, chegam-nos através das mulheres que já estão congregando na Igreja. Elas são as suas mães, vovós, esposas, irmãs, vizinhas ou até, filhas. Essas mulheres nos procuram porque percebem que eles estão com problemas. Ex: Drogas, álcool, problemas familiares, com esposa, problemas financeiros, depressão, etc.
O evangelista precisa aliar-se às suas mães. Toda mãe ficará do lado dos seus filhos, mas a esposa que busca ajuda espiritual para os seus maridos, sempre conseguirão a vitória. Mas, é mãe que buscará por ajuda, seja onde mandarem-na ir. Ela irá ao seu padre, no pastor, se bobear, até no pai de santo ela vai. Porque, toda mãe quer ver o seu filho livre de problemas. Ah, se os filhos ouvissem os conselhos das suas mães! 50% das penitenciárias estariam vazias. Toda as mães sabem, por instinto, que Deus pode mudar qualquer situação. Porém, as pessoas só precisam querer a tal mudança. Diga que a Igreja está orando de mãos dadas com essas mães sofredoras. 

"CONVIDA ESSE BRUTO PARA IR À IGREJA." 

Reúna-se com os homens da Igreja, no máximo quatro, e vá visitar esse abençoado. Outro dia, numa dessas visitas missionárias, perguntamos a um homem, de meia idade, se ele gostava de igreja e ele respondeu que sim. Disse que só não gostava dos crentes da televisão. Eu disse que a televisão é ótima para divulgar a Palavra de Deus, mas é muito cara. Jesus não utilizou nenhuma estratégia cara para evangelizar, mas cada pessoa se gasta daquilo que queira gastar, o importante é evangelizar. Mas, mostrei na Bíblia Sagrada esse versículo: "Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado" (2 Coríntios 12:15). Ele ficou feliz ao ouvir essa explicação e até aceitou o convite de ir à igreja no domingo. Tudo que você disser para ele, mostre na Bíblia Sagrada. Isso dá mais credibilidade ao que você diz.

 "TENDE BOM ÂNIMO, EU VENCI O MUNDO" (João 16:33)

Se você perceber que ele está deprimido, diga que ele é forte, que tem ombros largos e aguenta o tranco. Diga que você já passou por isso algumas vezes e conseguiu se recuperar. Diga que ele vai se recuperar também. Diga isso e mostre, na Bíblia, que o Senhor Jesus falou que passaríamos por aflições, porém, recomendou que não devíamos desanimar, porque, Jesus venceu o mundo.
Todo homem precisa de um emprego e de um lugar para morar.  Se ele estiver desempregado, a Igreja precisa ajudá-lo. Nessa hora que a gente vai testar a força do Grupo de Homens. Existe um ditado que diz: "É na subida do morro que se conhece a força dos bois". Se o Grupo estiver, realmente, unido ninguém conseguirá impedi-lo de ajudar ao próximo. Um homem, sem trabalho, perde a sua identidade. Ele perde o seu caráter. A mulher, até consegue adaptar-se facilmente a situação de desemprego. A sociedade aceita-a mesmo quando está desempregada, porque toda família apoia-a. Agora o homem, quando fica desempregado, nem ele mesmo aceita isso! Ele só não pode desistir de viver... Quem desistiu, já morreu!
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Onofre W. Johnson


segunda-feira, 4 de maio de 2015

"PREGA A PALAVRA".

PODER DO MICROFONE, A MISSÃO.

É impressionante como as pessoas se transformam quando estão com o microfone, especialmente, no púlpito da igreja. Talvez porque, os seus ouvintes, irmãos e irmãs, não tenham outra escolha, que não seja ouvir a sua homília, sem poder interromper o “todo-poderoso” pastor.

É isso aí... (Outra maneira de dizer amém)

É inconcebível, até mesmo imaginar, alguém interrompendo um pregador para refutar a sua pregação em pleno culto. Também não há pastor com um testemunho de que foi vaiado na Igreja. Talvez seja por causa da “superioridade sobrenatural” que o púlpito representa para a membresia da Igreja. Como ele fica num patamar destacado, no altar, passa a impressão de que o pregador, quando está ali pregando, perde suas prerrogativas humanas e se transforma numa representação encarnada do Espírito Santo. Mas o fato é que existe sim, pelo menos hipoteticamente, um poder “sobrenatural”, no altar da Igreja, que transforma o usuário do microfone em alguém com grau de santidade elevada, um ser humano de primeira categoria, um servo do Deus altíssimo, imaculado, infalível, perfeito, um pregador ungido do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo. Parece que Deus sai lá do Céu e enche o vaso e o faz realizar o que lhe apraz. O pregador é considerado, pelos irmãos e irmãs da Igreja do Senhor, a boca de Deus.
Sabe por que isso acontece? Isso acontece porque foi ensinado para os “irmãos” que, do altar de Deus, se ouve a voz de Deus. Daí por diante o ouvinte aceita tudo o que for dito, pelo pregador, como se fosse o próprio Espírito Santo lhe falando. (E com direito a ouvir alguém gritando nos fundos da igreja: “Fala Deus!”) - Não importa qual seja a “asneira” dita pelo pregador, todos se dobram e ninguém pode questionar a sua autoridade espiritual. Quem o questionar é acusado de murmurador. Certamente esse murmurador, depois, será amaldiçoado, com rigor, por versículos encontrados na Bíblia Sagrada. O povo imagina que o pregador tem um pacto pessoal e sobrenatural com Deus. Muitos pregadores dizem que foi o próprio Deus que lhes deu o esboço do sermão. Eles contam uma historinha no altar, dizendo que o Senhor o visitou, deixando toda a Igreja achando que realmente o Senhor o visitou.
É o poder do microfone, meu irmão! E saiba que esse poder é bem maior do que se imagina. Deveria ser tese de doutorado. O sucesso sobe para a cabeça e ele pensa que arrasa o quarteirão terceirizado da Rua Azusa. Muitos pregadores guardam suas raivas e seus rancores, sim, porque às vezes são contrariados, e despejam no altar da Igreja do Senhor. Muitas vezes, dão tiro no próprio pé, isto é, falam mal dos colegas do próprio ministério, para se beneficiarem, de forma escusa da Igreja de Cristo. Estes, quando vem alguém de fora pregar na sua Igreja, ficam cheios de inveja e tentam desconstruir a pregação do pastor convidado, principalmente quando a Igreja se mostra receptiva e cheia do Espírito Santo com a visita desse pastor.
Mas, cada um se enche do que quiser ser cheio. O que sai do altar do Senhor deveria encher o povo de Deus de bênçãos, especialmente as pessoas que têm o coração puro. Outros se enchem de demônios. Se, tão somente, fizessem aquilo que Deus os mandou fazer, de fato, a Igreja do Senhor seria cheia da glória de Deus, mas, infelizmente, não fazem. O resultado é um enorme prejuízo espiritual para o povo de Deus.

Pregadores, por favor: “Prega a Palavra” (2 Timóteo 4:2)

Frágil

O ser humano é assim, mesmo. Ele precisa ser cuidado por alguém. Ele é carente de cuidados. Quando ele ouve alguém dizer que o outro é maravilhoso, ninguém disse que ele é péssimo, mas porque viu alguém ser elogiado ou aplaudido, ele se fragiliza.
É como o artista que está no palco e vê o outro artista, daquela peça, ser mais aplaudido do que ele. Então ele se flagela e sente-se menor, sem sê-lo. Ele precisa ser aplaudido. Precisa ter o seu ego massageado. Até os homens perversos desejam ser reconhecidos em suas perversidades.
O que, na verdade, ele precisa enxergar é que as pessoas que estão a sua volta, também existem. Elas, na verdade, existem para acrescentar coisas em nossas vidas. Denegrir suas imagens é um atestado cabal de um caráter duvidoso. O ciúme precisa ser tratado. A convivência com todos é fundamental para a gente poder crescer. Cresça, mas não se ofenda se os outros também crescerem.

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Onofre W. Johnson

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sexta-feira, 1 de maio de 2015

"O PRIMEIRO AMOR".

Acabou de aceitar a Cristo como Salvador e está passando por lutas?

É isso aí... (Outra maneira de dizer amém)

Acabou de aceitar a Cristo como Salvador e está passando por lutas?

É um bom sinal de que você está vivendo o primeiro amor, isto é, as coisas vão começar a se ajustar ao seu redor. Você mudou e significa que você saiu da sua zona de conforto. Sabe aquela velha opinião formada sobre o tudo? Pois, é! Agora está acontecendo com você também. É a dialética da vida neste presente século. Adão conheceu o primeiro amor antes de conhecer o pecado. Perceba que ele vivia no Paraíso. Após conhecer o pecado ele foi expulso. Agora todos vivem fora do Paraíso. Mas há um plano de Deus para que todos voltem para ele. Jesus é o plano perfeito de Deus!
Eu posso imaginar o que você está passando. Tenho muita experiência nessa área. Eu já passei por isso. O terror que eu enfrentei tinha os mesmos personagens que você têm, só mudaram as pessoas. Leia isso até o fim. Vou procurar ser bem direto.
Digo-lhe que tudo nessa vida tem origem espiritual. Satanás não deixa ninguém viver em paz. Ele derrubou Adão, homem perfeito, que foi criado por Deus. É por isso que Jesus foi entregue por Deus como homem, assumindo a posição do homem perfeito, substituindo Adão. Em Adão, todos estão mortos, mas, em Cristo Jesus, todos serão justificados. Será fácil você entender isso, agora que está frequentando uma igreja. Você começou a descobrir que as pessoas não vão à igreja apenas para ouvir louvores. Os crentes não estão “brincando” de igreja. Naquele local existe um grande exército, de Deus e de humanos, guerreando contra essa “potestade do mal” que derrubou Adão e agora quer nos derrubar. Só o amor de Jesus Cristo pode quebrar essa resistência do inferno. Mas, quem quer saber de igreja, não é mesmo? Daí, o diabo faz o que quer... E se ninguém fizer nada, é isso que vai acontecer, o diabo vai vencer. Não basta crer em Deus. Satanás também crê. É preciso fazer guerra contra o diabo, não contra pessoas. Jesus venceu o diabo e precisamos vencer também.
Não podemos ficar esperando que algo de bom nos aconteça. É preciso agir depressa. A missão do diabo é: Roubar, matar e destruir. Deus não sente dó de quem não quer entrar na guerra contra o mal. Ele disse em Sua Palavra que passaríamos por aflições, mas, Jesus venceu o mundo. Adão foi vencido, Jesus venceu. Deus oferece ajuda e essa ajuda vem do Espírito Santo. Os incrédulos tentam negar a Verdade de Deus nas Sagradas Escrituras, mas, só eles, os ignorantes, sofrem por não conhecer essas Escrituras.
O Senhor dos Exércitos é o verdadeiro “General de Guerra” e nunca perdeu uma batalha sequer. Ele é poderoso nas batalhas. E, mesmo que alguém diga que não está com Satanás, se não está em Cristo, está do lado errado da batalha. Jaz no maligno. O lado que Deus quer que estejamos é do seu lado e aí, sim, se cumprirá a Palavra que diz: “Mil cairão ao seu lado, dez mil a sua direita e tu não será atingido”.
Para crescermos espiritualmente, primeiro devemos ser nascidos do Espírito, enquanto formos bebês necessitaremos do leite (1 Pedro 2:2 ) “Desejai como meninos recém-nascidos, o puro leite espiritual, a fim de, por ele, crescerdes para a salvação, quando crescidos necessitamos de comida sólida, necessitamos estudar e meditar na Palavra de Deus”. Salmos 1:1-3 “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará”.
Então, pare de tomar mamadeira, soldado! Já está na hora de você partir para o “alimento sólido”. A verdade está sorrindo para você. Até agora você foi enganado. Você estava caindo, que nem pato, na enganação do mundo. Mas, a partir de agora você conhecerá a Verdade e é essa Verdade que libertará você.
Mas, primeiro, sofre a parte mais fraca da sua família, depois, vai chegar num estágio que ninguém mais conseguirá escapar do amor de Jesus Cristo. A vitória pertence aos lavados e enxaguados no sangue de Jesus, pois, serão remidos e guerreiros de Cristo. O amor que você passa a sentir não tem lugar para guardar mágoas ou ressentimentos... E quando você vir um irmão (ã) em apuros, vai dizer-lhe: “Conte comigo, irmão (ã)”. É a partir daí que você começa a sentir algo de Deus e você gosta, e você quer mais... Apaixona-se pela sua Igreja, pelo seu pastor e você quer mais... Quer ser batizado, quer ler a Bíblia, quer orar no monte, quer estar na Igreja, quer evangelizar, quer fazer missões ao redor do mundo, quer ouvir louvores, quer abençoar alguém, quer cantar louvores a Deus, quer pular, quer mais... Isso é sede de Deus. Sede das sete mil promessas que Deus revelou na Bíblia. Sede da Sua justiça, sede da Sua alegria... Quanto mais Jesus, mais você quer... E sabe por quê? Porque Ele é o único que pode satisfazer essa sede!
Seja bem vindo ao primeiro amor, irmão (ã).
Isso é estar cheio do Espírito Santo. Glórias a Deus!
Não deixe essa chama se apagar... Olhe somente para Jesus e busque a sua presença, que, independente das circunstâncias, você dirá: "Amar você faz bem para a minha alma".
Oremos:
Espírito Santo de Deus, "Abre os meus ouvidos eu quero ouvir... Abre os meus olhos eu quero ver, abre o meu coração quero sentir... Teu grande amor... Eu quero me apaixonar outra vez... Queimar de amor por Ti”.
Repousa sobre nós, nos orientando e nos fazendo refletir e voltar ao Primeiro Amor, em nome de Jesus, amém.
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Onofre W. Johnson 
Escrito em 01/05/2015

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