segunda-feira, 4 de maio de 2015

"PREGA A PALAVRA".

PODER DO MICROFONE, A MISSÃO.

É impressionante como as pessoas se transformam quando estão com o microfone, especialmente, no púlpito da igreja. Talvez porque, os seus ouvintes, irmãos e irmãs, não tenham outra escolha, que não seja ouvir a sua homília, sem poder interromper o “todo-poderoso” pastor.

É isso aí... (Outra maneira de dizer amém)

É inconcebível, até mesmo imaginar, alguém interrompendo um pregador para refutar a sua pregação em pleno culto. Também não há pastor com um testemunho de que foi vaiado na Igreja. Talvez seja por causa da “superioridade sobrenatural” que o púlpito representa para a membresia da Igreja. Como ele fica num patamar destacado, no altar, passa a impressão de que o pregador, quando está ali pregando, perde suas prerrogativas humanas e se transforma numa representação encarnada do Espírito Santo. Mas o fato é que existe sim, pelo menos hipoteticamente, um poder “sobrenatural”, no altar da Igreja, que transforma o usuário do microfone em alguém com grau de santidade elevada, um ser humano de primeira categoria, um servo do Deus altíssimo, imaculado, infalível, perfeito, um pregador ungido do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo. Parece que Deus sai lá do Céu e enche o vaso e o faz realizar o que lhe apraz. O pregador é considerado, pelos irmãos e irmãs da Igreja do Senhor, a boca de Deus.
Sabe por que isso acontece? Isso acontece porque foi ensinado para os “irmãos” que, do altar de Deus, se ouve a voz de Deus. Daí por diante o ouvinte aceita tudo o que for dito, pelo pregador, como se fosse o próprio Espírito Santo lhe falando. (E com direito a ouvir alguém gritando nos fundos da igreja: “Fala Deus!”) - Não importa qual seja a “asneira” dita pelo pregador, todos se dobram e ninguém pode questionar a sua autoridade espiritual. Quem o questionar é acusado de murmurador. Certamente esse murmurador, depois, será amaldiçoado, com rigor, por versículos encontrados na Bíblia Sagrada. O povo imagina que o pregador tem um pacto pessoal e sobrenatural com Deus. Muitos pregadores dizem que foi o próprio Deus que lhes deu o esboço do sermão. Eles contam uma historinha no altar, dizendo que o Senhor o visitou, deixando toda a Igreja achando que realmente o Senhor o visitou.
É o poder do microfone, meu irmão! E saiba que esse poder é bem maior do que se imagina. Deveria ser tese de doutorado. O sucesso sobe para a cabeça e ele pensa que arrasa o quarteirão terceirizado da Rua Azusa. Muitos pregadores guardam suas raivas e seus rancores, sim, porque às vezes são contrariados, e despejam no altar da Igreja do Senhor. Muitas vezes, dão tiro no próprio pé, isto é, falam mal dos colegas do próprio ministério, para se beneficiarem, de forma escusa da Igreja de Cristo. Estes, quando vem alguém de fora pregar na sua Igreja, ficam cheios de inveja e tentam desconstruir a pregação do pastor convidado, principalmente quando a Igreja se mostra receptiva e cheia do Espírito Santo com a visita desse pastor.
Mas, cada um se enche do que quiser ser cheio. O que sai do altar do Senhor deveria encher o povo de Deus de bênçãos, especialmente as pessoas que têm o coração puro. Outros se enchem de demônios. Se, tão somente, fizessem aquilo que Deus os mandou fazer, de fato, a Igreja do Senhor seria cheia da glória de Deus, mas, infelizmente, não fazem. O resultado é um enorme prejuízo espiritual para o povo de Deus.

Pregadores, por favor: “Prega a Palavra” (2 Timóteo 4:2)

Frágil

O ser humano é assim, mesmo. Ele precisa ser cuidado por alguém. Ele é carente de cuidados. Quando ele ouve alguém dizer que o outro é maravilhoso, ninguém disse que ele é péssimo, mas porque viu alguém ser elogiado ou aplaudido, ele se fragiliza.
É como o artista que está no palco e vê o outro artista, daquela peça, ser mais aplaudido do que ele. Então ele se flagela e sente-se menor, sem sê-lo. Ele precisa ser aplaudido. Precisa ter o seu ego massageado. Até os homens perversos desejam ser reconhecidos em suas perversidades.
O que, na verdade, ele precisa enxergar é que as pessoas que estão a sua volta, também existem. Elas, na verdade, existem para acrescentar coisas em nossas vidas. Denegrir suas imagens é um atestado cabal de um caráter duvidoso. O ciúme precisa ser tratado. A convivência com todos é fundamental para a gente poder crescer. Cresça, mas não se ofenda se os outros também crescerem.

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Onofre W. Johnson

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