quinta-feira, 10 de outubro de 2013

"DESIGUALDADE SOCIAL - PARTE I"





COMO GRAMSCI ENTENDE E EXPLICA A DESIGUALDADE?


Antônio Gramsci 1891-1937


Olhando para essa tão grande desigualdade social, a ONU, pontua o Brasil com o terceiro pior  índice de desigualdade no mundo. Com relação a distância que há entre pobres e ricos o Brasil empata com o Equador ficando atrás de Bolívia, Haiti, Madagáscar,  Camarões, Tailândia e África do Sul. Se pegar como exemplo, um brasileiro que está na faixa mais pobre, ele teria que guardar tudo o que ganha durante 3 anos e 4 meses para chegar a renda mensal de um da faixa mais rica. É provavelmente após a libertação dos escravos que tudo veio à tona com o advento da Abolição. Antes, os negros e os miseráveis, bem ou mal, tinham um dono e de agora em diante teriam que viver as próprias custas e sem nenhuma indenização por tempo de escravidão. Os pobres são todos analfabetos e dependem das migalhas da classe empregadora, e é claro que muita gente ficou de fora, pois os ricos sempre se organizam e chegam à frente de todos. E agora a Sociedade está doente, e o que poderia curá-la? Recorremos à Sociologia, pois, pensadores como Gramsci trouxeram esperança real para um povo tão sofrido. 

Antônio Gramsci, que começou sua vida sofrida nos campos de plantação na Sardenha, Itália, vivenciou uma situação difícil, pois o duro trabalho da foice (Campo) o lançam a valorizar a vida e o trabalho do martelo (operariado). O que o fez analisar Marx, levando suas teorias a várias camadas da sociedade com o objetivo de converter em "norma de conduta" de vida para propiciar a concretização de uma "reforma intelectual e moral” indicando portanto a concepção de uma “vontade coletiva” inspirada na solidariedade, extinguindo ou estreitando as diferenças sociais. A escola, para Gramsci possuía suma importância, pois seria a principal formadora de intelectuais. Propôs a “escola unitária” centrada na ideia de liberdade para que se possa educar as massas, fazendo da escola um privilégio para todos e não somente das elites. E é dentro desse raciocínio que Gramsci discute a organização de “escola humanista” acessível para o proletariado e não somente voltada para áreas técnicas e profissionais. Ele diz:
"Escola que não hipoteque o futuro do jovem e não constranja a sua vontade, a sua inteligência, a sua consciência em formação a mover-se dentro de um trilho com direção pré-fixada. Uma escola de liberdade e de livre iniciativa e não uma escola de escravidão e mecanicidade". (GRAMSCI, 1975, p. 82) 
Enfim, é preciso elegermos políticos comprometidos em zerar a distância discrepante das classes sociais e que, como Gramsci, vejam que a Educação é o que existe de mais moderno para formarem não só técnicos, mas também, artistas, professores, mestres, doutores, e PhDs, dando condições às pessoas realizarem o que quiserem sem serem obrigadas a se conformarem por serem nascidas com sorte ou azar de pertencer a  uma ou outra classe social.


Texto de Álvaro João dos Santos
Trabalho de aproveitamento da disciplina Sociologia da Educação exigida pelo Prof. Nestor José Guerra (Professor da FAG/Faculdade Guaianazes).


Referência:
http://www.revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/51/46
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