sexta-feira, 27 de novembro de 2015

"BANHEIRA AZUL".

PREPARATIVOS DO BANHO...
Dona Palinha iniciou as tarefas que antecedem o banho de seu filho, o Joãozinho. Puxou água do poço de vinte e cinco metros de profundidade na base do sarilho e corda, montados em cima do poço. Nesta época a família ainda não tinha a bomba elétrica para puxar água. Para descer o balde era fácil, só não podia soltá-lo, pois poderia bater no fundo com força e isso poderia quebrar as extremidades do balde com a corda amarrada ou a estrutura de madeira que cobria o poço. Para puxar o balde de volta é que precisava empreender força, principalmente para uma mulher franzina como dona Palinha. O balde era grande (18 l) e subia cheio d’água. Era impossível colocar só a metade, ou 1/3, o balde vinha cheio e pingando. Ao chegar à borda do poço, a mãe aparava-o e passava o seu conteúdo para as panelas que já estavam posicionadas ali, ao lado. Depois ainda precisava esquentar toda aquela água para ir "temperando" com água fria. Tomar banho quente, naquela época, era sempre uma luta. Chuveiro elétrico não havia por ali. O que havia era um balde com um chuveirinho adaptado com epóxi. Colocava a água quente, fria ou temperada no balde, depois pendurava numa viga acima da altura da cabeça, ligava o chuveirinho e ia tomando banho até que a água acabasse. Joãozinho tomava banho na banheira azul. A sorte é que a família já tinha fogão a gás, se fosse utilizar o antigo fogão, a preparação do banho seria ainda mais dura para todos, pois incluiria, no serviço, ter que picar lenha para por no fogão a lenha. Após confirmar se a temperatura da água estava boa, dona Palinha, como de costume, chamava o Joãozinho que estava sempre ali por perto da barra de sua saia.


imagem da internet

A BANHEIRA AZUL...
A banheira de Joãozinho era azul por causa da tradição. Toda família em que nascia um menino, a cor de qualquer presente destinado ao recém-nascido precisava ser azul. Se fosse menina teria que ser, obrigatoriamente, rosa. É assim que as coisas eram antigamente. Se dessem presente azul e o bebê nascia menina, ia ficar guardado até nascer uma menina na família. Da mesma forma, se dessem presente rosa e o bebê nascia menino, perdia-se. Ninguém ousaria usar rosa nos meninos, nem azul nas meninas. É que não dava para saber o sexo dos bebês. As cores recomendadas eram sempre as neutras, amarela ou branca. Joãozinho se lembra, com detalhes, daquela banheira plástica azul até o dia de hoje. Ele também se lembra que a mãe precisou sair, às pressas, mas como estava bem no meio do banho, ela pediu para o seu Júlio, o pai dele, terminar de dar banho nele. A mãe colocou a bucha e o sabonete em suas mãos e disse para ele fazer bastante espuma, e saiu sem ser vista por ele... 

SEU JÚLIO...
Seu Júlio era um caipirão vindo do interior de São Paulo, descendente de índio com português. Tinha cara de homem sofrido da roça. Era bruto, xucro, machista e como todo caipira, usava um bigode preto, grosso. Isso fazia com que o seu semblante ficasse ainda mais sisudo, bravio. Havia algo mal resolvido na vida do seu Júlio em relação àquela criança. Na época, Joãozinho não entendia bem o que era. Tinha muito medo de apanhar do pai, pois até se respirasse corria o risco. Por muitas vezes foi ameaçado com a voz cochichada em seus ouvidos: 
- Se você chorar será pior! - Essas palavras eram ditas com hálito de cigarro. O som dessas palavras saia de entre os dentes tão serrados que parecia que ia quebrá-los de tanto que o pai apertava-os. Joãozinho sabia do que o pai era capaz de fazer caso contasse para a mãe sobre as ameaças. Por várias vezes seu Júlio tapou-lhe a boca para encobrir-lhe o choro. Batia sem ter dó. Ele agia assim porque tinha ódio de Joãozinho. Chamava-o de “beiço-de-nêgo” ou “mocorôngo”. Joãozinho chorava em secreto na hora de dormir, quando as luzes eram apagadas. Joãozinho escondeu esse segredo da mãe, pois tinha medo que o seu pai a espancasse também. 

DONA PALINHA...
Dona Palinha sofreu muitas barbaridades em seu casamento e sabia que o seu filho era maltratado pelo marido. Por muitas vezes pensou em ir embora com o filho. Mas não tinha coragem. O marido acusava-a de adúltera, às vezes com o olhar, às vezes, verbalizava, chamando-a de puta. 
Seu Júlio fora um bom marido no início do casamento. Ficou ciumento só depois que ficou doente. Eles já tinham dois filhos quando a esposa engravidou de Joãozinho: Pascoal e Dolores. Meses antes de dona Palinha engravidar do terceiro filho, seu Júlio foi acometido de Hepatite C e ficou convalescendo da doença até depois do nascimento de Joãozinho. A doença lhe causou disfunção erétil por um período prolongado. A família morava com várias pessoas no mesmo quintal que, na verdade, era uma vila de casas de parede e meia. Inclusive um rapaz chamado Baiano morava ali também. Baiano era um homem vindo do interior. Seu Júlio passou a ter ciúme de dona Palinha e colocou na cabeça que, em sua ausência, os dois se encontravam. Ao saber a notícia da gravidez da esposa, seu Júlio ficou com a pulga atrás da orelha. Ele fez as contas do período fértil da esposa por vários meses e chegou à conclusão de que o filho não poderia ser seu. Suas contas nunca bateram. A situação piorou ainda mais quando a criança nasceu. Seu Júlio foi visitá-lo no Hospital e olhou para aquele menino clarinho de olhos azuis e lábios carnudos (beiçudo). Em sua cabeça a criança era igual ao Baiano. Isso foi o “fim da picanha” para ele. A partir daí, começou a dizer para a esposa: 
- Como pode? Meus dois primeiros filhos são morenos, iguais a mim. E agora nasce um rato branco? E afirmava categoricamente: 
- Tem dente de coelho nessa história! Esse filho não pode ser meu! 

VOLTANDO AO BANHO...
Tinha sobrado para o seu Júlio finalizar o banho que havia sido iniciado por dona Palinha. A esposa precisou sair às pressas... Joãozinho, que tinha apenas quatro anos de idade na época, agarrava-se com unhas e dentes à mãe sempre que pressentia que ela ia ausentar-se. Manter a mãe por perto era a única forma dele sentir-se protegido. O colo da mãe era a sua bolha de proteção de todos os perigos. Joãozinho se recorda que o pai nunca pegou-o no colo, nunca cantou e nem dançou para ele dormir. Joãozinho cresceu sem o afeto de seu pai. Na verdade, ele ficava apavorado quando o seu pai estava em casa. O dia de folga do pai era o seu dia de terror semanal. Durante a semana, Joãozinho sempre ia dormir cedo, antes do pai chegar, à noite. Ele perguntava para a mãe se o pai estava chegando e se ela dissesse que sim, ele ia para a cama e se cobria. As vezes até fingia que estava dormindo e ficava ouvindo o pai conversando com a mãe na cozinha, mas logo pegava no sono. Quando acordava, no dia seguinte, o pai já havia saído para trabalhar. 

PINICO AZUL...
Sempre que a mãe ia sair de casa, precisava driblar a vigília acirrada de Joãozinho. Ela colocou a bucha e o sabão em suas mãos e pediu para ele esfregá-los até produzir bastante espuma... E, sem ele perceber, ela saiu, ausentando-se por vários dias... Joãozinho chorou tanto depois que descobriu que a mãe o havia deixado. Chorou todos os dias, longos dias de choro. Só parava de chorar quando via o pai se aproximar. Encolhia-se em seu lugar, às vezes ficava horas sem se mover no pinico. Tinha medo de fazer barulho, avezes até adormecia no pinico. Ninguém ouvia a sua voz, quando notavam a ausência ou o silêncio de Joãozinho, lá estava ele, todo encolhido, sentado em seu pinico azul, adormecido e choroso. E era assim que Joãozinho estava na banheira azul também. Todo encolhido, pois sabia que a ausência de sua mãe resultaria em novos espancamentos. Joãozinho viveria momentos de pânico, pois estava longe da proteção da mãe.

ESPANCAMENTOS...
E, Joãozinho esfregava o sabonete na bucha, para fazer bastante espuma, a pedido da mãe. Ao aproximar-se do menino, o pai acendeu um cigarro e soltando a baforada de fumaça, disse para ele guardar a bucha e o sabonete. Joãozinho, lentamente, colocou a bucha no chão. Neste momento, recebeu um tapão no pé do ouvido. A espuma, que estava em suas mãos, caiu nos olhos que começaram a arder. Joãozinho apertou os olhos, mas estava paralisado pelo som agudo tinindo em seu ouvido por causa do tapa. Quis chorar, mas já sabia que se chorasse, poderia ser pior, então, engoliu o choro. Apesar da força do tapão, conseguiu segurar o sabonete sem deixá-lo escorregar para dentro da banheira. Lentamente removeu a espuma dos olhos, depois fez gesto de que iria colocar o sabonete em cima da bucha que estava no chão. Seu Júlio desferiu outro tapão na orelha do filho. O ouvido da criança já estava tinindo por causa do tapa anterior, agora, então, parecia que ia estourar. Seu Júlio tirou outra tragada do cigarro e, enquanto soltava a fumaça entre os dentes apertados, disse:
- Não é para por aí no chão, seu moleque mocorôngo, beiço-de-nêgo! 
Joãozinho ficou em estado de choque e, com olhares rápidos, buscava pela mãe, desejando que ela aparecesse para salvá-lo, mas foi muito grande a sua decepção quando percebeu que a mãe não estava em nenhum lugar da casa. Joãozinho sentiu-se desamparado, abandonado pela mãe. Rapidamente pegou o sabonete e a bucha que havia posto no chão e, sem saber onde colocá-los, ficou paralisado novamente. Seus olhos ardiam tanto, que não conseguia olhar nos olhos do seu pai. Também não conseguia respirar por causa da forte fumaça de cigarro. Colocou os objetos novamente no chão e recebeu outro tapão. Com bafo de cigarro, disse-lhe:
- Eu falei que não é para por aí, no chão, seu mocorôngo? - Neste momento, Joãozinho olhou para a parte da frente da banheira e notou que havia ali um pequeno aparador em anexo. Pensou que poderia ser ali o local adequado para colocar os objetos. E, lentamente, arriscou. Para a sua surpresa, acertou! Era ali mesmo que o seu pai queria que ele pusesse. Mas, Senhor, por que o seu Júlio não disse isso para ele antes? Joãozinho foi brutalmente retirado do banho e ficou aguardando de pé, ao lado da banheira azul, enquanto o seu Júlio procurava pela toalha. Joãozinho, que estava nu, agora sentia muito frio, seu queixo tremia, seus dentes batiam, mas não podia expressar nenhuma reação, pois estava com medo do pai. Finalmente, seu Júlio achou a toalha e secou o seu filho de forma hostil. Joãozinho foi largado na cama coberto apenas com a toalha molhada. Joãozinho não quis pensar em mais nada, meteu o nariz no travesseiro e ficou chorando silenciosamente até adormecer de tanto frio. Também sentiu ódio da mãe que não apareceu para salvá-lo.

CONTINUA...
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Escrito por Álvaro João dos Santos

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

"RIQUEZAS SÃO DIFERENÇAS".

Onofre W. Johnson

A divisão de classes sociais (desigualdade social) têm muitas faces, mas a principal é a da "classe dominante" (Será mesmo a principal?). A classe dominante está sempre bem, mesmo depois de grandes prejuízos. Eles tem "proteção" do Estado que cria leis no Congresso para protegê-los. Enquanto isso a maioria de nós mora mal, come mal ou nem come, alguns fazem apenas uma refeição por dia ou, no máximo, três refeições por semana, outros morrem de fome. Têm os que morrem nas filas de hospitais, nos assaltos, na vida e etc. Falam bem da globalização (ou melhor, a elite fala bem) e nem param para pensar que isso gera mais desigualdades.

Globalização é desigual. Exclui a maioria. Cria ilhas de riqueza e oceanos de miséria ao redor do mundo. Quem se beneficia dela? A minoria que domina o mercado. Se a globalização fosse boa não haveria tantos seres humanos vivendo de forma miserável pelo mundo.

Ah, mas agora todos têm smartphone, smart TV, computador, etc... Mas também têm dois bilhões de pessoas vivendo abaixo da linha da miséria, muitas vezes por causa do gênero, cor, religião, profissão ou classe social em que nasceram sem terem escolhido.

A Sociedade não foi organizada? Então, por que essa organização social por classes? Quem está lutando contra isso? Quem está falando sobre isso? Eles têm os meios de produção e nós, temos o quê? Temos apenas a nós mesmos, mas é aí que está o segredo, pois se houver união entre nós, seremos mais fortes do que eles. Pense nisso e não se isole. Vamos globalizar a nossa indignação! Comente isso com alguém e abra a mente para entender a real situação das lutas de classe. Lute contra a classe dominante, por favor! 
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Onofre W. Johnson

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"EX-ABOMINÁVEIS".

Pegada do "Abominável Homem das neves".

Desprezavam os surdos, mudos, coxos, leprosos, lunáticos, gentios, roubadores, prostitutas e adúlteros e hoje desprezam os homossexuais, as lésbicas e as mulheres desquitadas em suas igrejas. Jesus os curou e os libertou e fez deles, todos eles, cidadãos do céu. Para o mundo, essas pessoas eram abomináveis. Jesus perdoou e declarou que deles também é o reino de Deus. Eram pecadores abomináveis, mas agora são ex-abomináveis queridos do meu Pai.
Só aprenderemos a lição quando arrancarmos do poder esses hipócritas que vivem da miséria alheia impondo obrigações ao povo de Deus que o Senhor já libertou faz muito tempo. Somos cidadãos do mundo e do céu, porém, somos peregrinos, justamente por causa da ganância desses "poderosos" (poderosos entre aspas, porque, agindo Deus, quem impedirá?). 

E disse Jesus aos que se diziam santos: "Saiam da casa do meu Pai, e arrancando o chicote, começou a dar chicotadas nos animais e, aos gritos, dizia: Saiam da casa de meu Pai! Foi derrubando mesas e limpando o templo". (João 2:13-16)

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

DEUS ODEIA O PECADO, MAS AMA O PECADOR?

<<< “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador?” >>>

A frase em questão não está na Bíblia. É muito simpática, mas completamente diabólica. E vemos pessoas extraordinárias dizendo tal afirmação dando a impressão de aceitarem como sendo bíblica. Ledo engano. Esta é uma ideia atual. É completamente compreensível que se pregue um Deus amoroso e misericordioso. Deus é amor e por isso não pode odiar? Está muito claro na bíblia que Deus possui em seu caráter esse atributo chamado “ódio”. O próprio falso jargão: “Deus odeia o pecado” já atribui ódio para Deus. Mas vamos olhar para o que a Palavra de Deus diz: "O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia." (Salmos 11:5). Deus odeia o ímpio? Parece que Deus realmente tem esse sentimento. Mas, sigamos em frente:

(Provérbios 6:16-19) “Seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma detesta: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos”. 

(Salmos 5:5) "Os arrogantes não são aceitos na tua presença; odeias todos os que praticam o mal". 

(Romanos 9:13) “Como está escrito: “Amei a Jacó, e odiei a Esaú”. Entre outros tantos versículos que dizem sobre Deus possuir ódio. Deus ama o pecador, mas odeia o pecado? Será que é possível punir o pecado fora do pecador? Será que dá para separar o pecado do pecador na hora de salvá-lo? Em Mateus 7:23, o texto está muito claro ao dizer: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Deus está dizendo isso para alguém ou para algo? Pecador ou pecado? Infelizmente, Deus está dizendo isso para alguém que será alvo da sua ira.

Enfim, Deus não ama o pecador. Está claro que Deus só ama o seu Filho. E é por isso que quando uma pessoa aceita a Jesus Cristo como único Salvador, Deus o regenera, colocando nele vestes brancas. Essa pessoa se torna “alvo mais que a neve”. A mente de Cristo lhe é atribuída. Deus ama o homem sob os méritos de Cristo. Os pecados do homem arrependido são encobertos por causa da justiça redentora de Jesus Cristo, mas continua sendo um pecador. Só que, agora, com capacidade de arrepender-se constantemente. Nada existe no homem que por ele mesmo, possa atrair o afeto e o amor de Deus. O homem só conseguiria atrair o seu ódio. Deus não ama o pecador. Ele ama apenas as pessoas salvas em Cristo Jesus. Fora de Jesus Cristo não há salvação.



(João 14:6) “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. 
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Onofre W. Johnson - Escrito em 02/01/2015


Comentários*: 

Ir. Luís: - Errado irmão. Deus ama o pecador e abomina o pecado, se Deus não amace o pecador nem um cristão seria salvo! Por que, todos somos pecadores, desde o mais fiel pastor até a mais simples ovelha. Amém!!!!!!!!!

Álvaro Pensativo: - Olá pastor Luís. Pastor não, bispo!!! kkkkkkkk Aonde está o versículo bíblico que Deus ama o pecador e aborrece o pecado? Todos os cristãos serão salvos por causa de Cristo, por isso são cristãos! O justo pelos injustos. A frase não está na Bíblia. É muito simpática, mas completamente diabólica. E vemos pessoas extraordinárias dizendo tal afirmação, dando a impressão de a aceitarem como sendo bíblica. Ledo engano! Esta é uma ideia atual. A paz, pastor. Pastor não, bispo!!! kkkkkkk

Álvaro Pensativo: - Nada existe no homem que, por ele mesmo, possa atrair o afeto e o amor de Deus. O homem só conseguiria atrair o seu ódio. Deus não ama o pecador. Ele ama apenas as pessoas salvas em Cristo Jesus. Fora de Jesus Cristo não há salvação.

(João 14:6) “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.

Pra. Aucilina: - O Álvaro Pensativo é muito inteligente! - João 3:35 - Se rejeitar o Filho (Jesus), o amor do Pai não estará nele, mas sobre ele permanecerá a ira de Deus.

Álvaro Pensativo: - Obrigado, pastora. Aprendi muito com você na Ebenézer e no ITQ.

Ir. Robson Cantor: - Eu li o texto e achei realmente interessante. Mas o que me deixa um tanto quanto pensativo é sobre a ordem do versículo de João 3:16, quando primeiro Deus amou o mundo, (que no momento estava condenado no pecado), e depois de amar o mundo, por isso entregou seu único filho...Eu vejo que o amor de Deus não ultrapassa ou derruba sua justiça, tanto que mesmo tendo amado o mundo num todo, lançará todo aquele que não receber seu filho como único e suficiente salvador e crer nele, no inferno. Mas tenho certeza que meu conhecimento bíblico é muito inferior ao de vcs...rs...este é apenas o meu raciocínio.

Álvaro Pensativo: - Preciso tomar mais cuidado com o que escrevo. Não sabia que tanta gente importante assim lia os meus comments. kkkkkk Eu sempre li João 3:16 assim, irmão Robson: Porque Deus "me" amou de tal maneira que deu seu Filho Unigênito... Deixar que eu decida se quero ou não ser salvo é uma grandiosa declaração de amor. Porque, vai que o mal-agradecido não queira ser salvo, não é mesmo? kkkkkk Mas, Adão colocou toda a humanidade debaixo da maldição da morte. Até hoje as pessoas morrem, que coisa, não? Mas Jesus veio trazer vida e vida abundante (é bem aqui que os neopentecostais vêm com a cara de pau deles e dizem que essa vida abundante é riqueza. Vida abundante significa: Muita vida/Vida eterna). Então, entendo que os que nasceram depois de Adão, nascem mergulhados em pecado, com exceção das crianças, por causa do mandamento de Jesus: "Deixai vir a mim as criancinhas...". Mas, quando ela chega a uma determinada idade, ela precisa aceitar a Cristo como único salvador e vigiar para estar com Cristo. Precisamos entender uma coisa: Jesus Cristo ensinou aos profetas, aos discípulos e apóstolos que, a não ser a graça de Deus, revelada em Jesus Cristo Nosso Senhor (Tito 2:11), o que resta para a humanidade é a violenta ira de Deus (João 3:36), por causa da nossa rebelião e nossos pecados. "Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me, porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á". (Mateus 16:24-25)

Pr. Alberto Rocha: - Álvaro, você é uma bênção, mas cuidado com o que escreve sobre o amor de Deus.... Ninguém é mais ou menos importante. Todos que leem seus posts, são importantes para Deus e Jesus deu a maior prova de Amor por nós pecadores: Morrendo na cruz para salvar quem? Pecadores!!! Não há amor maior que este!!! Abçs.

Pra. Aucilina: - Mas é muito bom irmão Álvaro Pensativo vir com essas polêmicas sobre a Palavra de DEUS que deve ser o assunto principal de nossas vidas. João 3 :16 no próprio texto do 17 ao 21 diz Deus enviou o seu filho ao mundo não para condenar mas para que o mundo que somos nós pecadores fosse salvo por ele, mas o mundo amou mais as trevas do que a luz, (Cada um decide viver o amor de Deus que está em Cristo Jesus, vivendo a prática da sua Palavra, claro, ou a sua ira, destinada para os filhos da desobediência, Efésio 2:1-6. O MUNDO OU AS PESSOAS JÁ ESTÃO CONDENADAS, BASTA ENTREGAR A SUA VIDA A JESUS CRISTO (Que é viver em obediência à sua Palavra, vida transformada, mudança de caráter e atitude, nova criatura2 Co. 5:17. E terão vida, serão salvas, serão chamadas filhas de Deus. 1 João 3:1-3. Texto sem contexto vira pretexto

Pr. Alberto Rocha: - Concordo com suas palavras, Pra. Aucilina, que depende de cada um querer viver o amor de Deus ou não, mas o assunto principal que é: DEUS NÃO AMA O PECADOR, discordo totalmente porque Deus amou cada um de nós mesmo sendo pecadores e ama qualquer pessoa tb. Há uma grande diferença entre eu querer viver o amor de Deus e "Deus é amor". O mundo pecando ou não, não muda o fato de que Deus é amor. Abçs.

Obs.: Procurei referências sobre quem é Onofre W. Johnson e não encontrei nada a não ser uma página no Face.

Ir. Robson Cantor: - É exatamente o que eu quis dizer, querido pastor Alberto Rocha!!! O texto não está tratando o assunto "salvação", e sim se Deus ama ou não o pecador...E a ira de Deus que está em João 3:36, é justamente pq Deus ama. O que fazemos com o ato de amor de Deus, não condiciona o Seu amor...Deus com certeza, lançará no fogo do inferno muitos dos que Ele ama, porque, mesmo amando continua sendo justo!

Pra. Aucilina: - Bom não fui tão longe de achar que o autor está equivocado, eu olhei para esta visão que: Por causa JESUS estou livre do pecado porque decidi aceitar o seu sacrifício. Jesus disse em João 16:26-27 - Se você pedir ao pai em meu nome, eu não vou pedir que ele te conceda, sabe por que? Ele mesmo verá em seu coração que você me ama e ele vai te conceder. Por amar e crer em Jesus o Pai vai me abençoar. Em 1 João 2: DEUS É AMOR - Mas quem guardar a sua Palavra o amor de Deus está nele verdadeiramente... nisto conheceremos quem está nele. JESUS É TUDO E SEM ELE EU ESTAVA CONDENADA.

Álvaro Pensativo: - Uia!!! Pr. Alberto nos comments... Já era uma honra os demais estarem aqui, mas agora, superabundou!!! A minha maior vontade nesse tal Facebook é que os meus queridos amigos, professores, líderes de grupo, viessem até aqui e em outros lugares também, porque não existe só aqui, ou seja, em tudo na vida, pudessem declarar opiniões, dizer o que pensa, se discorda, se concorda, enfim, expusesse a opinião "custe o que custar". É possível fazer isso educadamente, vocês provaram isso! É só dessa maneira que podemos aprender de verdade. Estamos numa época em que tudo deve ser desconstruído para fazer valer aquilo que realmente importa. Devo ter ousadia para afirmar que tomar leite com manga, não mata. Durante muito tempo as pessoas foram conduzidas por essas construções que eram (de certa forma) inquestionáveis, mas agora tudo está em evidência para ser debatido. A ciência precisa caminhar ao lado da fé, pois a razão precisa passar pela prova da sensibilidade das pessoas. Se Deus é real, como eu acredito que ele seja real, deve ficar claro na mente das pessoas que acreditam em fábulas, ou seja, essa pessoa precisa ter um encontro com o Deus real. Quando falam que Deus não pode odiar, eles precisam saber que Deus odeia justamente porque é amor. Deus ama as crianças (Marcos 10:14), porque odeia o aborto. – Deus é um Deus santo, porque odeia o que não é santo. – Deus ama o pecador (Mateus 9:13) , mas odeia o pecado. 

Não somos salvos porque judiaram de Jesus de forma tão brutal, que o levou a morte e morte de cruz, somos salvos, porque Ele levou sobre si os nossos pecados. Toda a violenta ira de Deus que recairia sobre nós, recaiu sobre o seu único Filho. Alguém tinha que pagar o preço e quem pagou foi Jesus, de acordo com Isaías 53:5-6.

Na verdade, o autor Onofre W. Johnson quis desconstruir a frase "não bíblica" - “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador?” - Na verdade, Deus queria dar “um chega pra lá” em todos nós, pecadores, desde a época de Moisés e fazer, através dele (em Moisés), uma nova geração. 

Ir. Wellington: - Nossa! Isso é show, Álvaro. Comentários top!!!
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Texto de Álvaro Pensativo


*Este texto foi extraído dos comentários* da linha do tempo de Álvaro João dos Santos. Foi um debate muito interessante e elucidante. Espero que apreciem. Um abraço.