sexta-feira, 28 de outubro de 2016

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

E agora José? Greve ou não-greve?

O Supremo Tribunal Federal admitiu cortes nos salários dos servidores públicos que fizerem greve a partir do ano que vem (2017). Com essa medida, o STF não está desconsiderando o direito de greves legais e sim colocando um limite do que considera abusivo. 

É claro que muita gente está concordando com essa medida, pois, parece que o Supremo está defendendo o direito que as pessoas têm de utilizarem os serviços prestados pelos servidores nos estabelecimentos públicos de forma integral. Essa “suprema” decisão, teve um holofote intenso da Imprensa e repercutiu no país inteiro, provocando divisão na opinião pública nacional. Em qualquer país sério, os cidadãos respeitariam seus servidores públicos como profissionais valorosos, que são. Mas, aqui no Brasil, esses servidores passam por diversas tribulações na hora de atender o público, no cotidiano, pois têm uma “pseudo” fama de serem preguiçosos. Enquanto em outros países esses profissionais são respeitados, ao extremo, por executarem serviços essenciais ao bem-estar da população, o Judiciário prefere contribuir ainda mais para a desvalorização dessa categoria.

Os servidores públicos, sempre que houver necessidade, todos os anos fazem paralisações. Mas eles nunca ficaram devendo nada para ninguém. Não há perdão para os dias paralisados. Todos precisam repor os dias não trabalhados. 

As negociações sempre foram feitas por intermédio dos sindicatos que, às vezes, em assembleias, optam por realizar as greves, ou atos públicos, para pressionar o Poder Público a atender suas reivindicações. E, pelo visto, este ano, os sindicatos terão de acrescentar mais esse pleito na pauta. O corte nos salários se sucederá por falta de respeito ao direito de greve do funcionalismo público, isso está claro. 

E, para piorar, (diante da iminente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição, a “PEC 55 do Teto dos Gastos”, que os políticos oposicionistas a denominaram de “PEC do Fim do Mundo”, por afirmarem que os investimentos nas áreas da Saúde e Educação ficarão congelados por vinte anos) surgiram comentários que, no ano que vem, os servidores públicos poderiam deflagrar inúmeras greves por todo o país, dizendo não à PEC que ainda está em tramitação no Senado Federal (A bancada aliada está sinalizando que vai aprová-la, pois é maioria). Isso explica essa truculência do STF sobre os servidores públicos. É sabida a quantidade de servidores que discordam do governo: É quase unanime. Com os cortes nos salários, é óbvio que a grande maioria optará por não participar das paralisações, caso contrário, terá de arcar com a perda em seus salários já tão defasados. A impressão que dá é que o Supremo se voltou contra os servidores para tentar zerar as greves no país, protegendo, assim, o desgaste do atual governo rejeitado por quase 80% da população. O Supremo acredita que, quando dói no bolso, faz o povo perder a capacidade de indignar-se. Mas, isso pode surtir efeito contrário devido a situação da política brasileira. Os especialistas estão dizendo que a indignação é geral e está para explodir a qualquer momento. Há muitos escândalos de corrupção na cúpula governista, a mesma que articulou o “golpe” disfarçado de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. 

Os sindicatos dos servidores públicos deveriam tentar mudar de tática. Poderiam pleitear uma união com todos os sindicatos de todas as categorias do país, e, com isso, provocar uma “Greve Geral”. Com essa atitude, assim, em grandes proporções, deixaria bem claro quem é que tem o poder de resolver a vida do povo brasileiro. E vale a pena citar o ditado popular que diz: “O povo unido jamais será vencido”.

Mas enfim, e agora José? Greve ou não-greve? 

Haverá muitas greves, sim! Ou seja: A luta continua, companheiro!

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Este artigo foi escrito por Álvaro João dos Santos para ser apresentado na disciplina de “LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS”, da Profa. Me. Márcia Schlemper, do 7º Semestre do Curso de Pedagogia, da Universidade Brasil - Unicastelo.
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Texto de Álvaro Pensativo

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