Onofre W. Johnson |
"CRIANÇA NÃO TEM CONTAS A PAGAR".
Por: Onofre W. Johnson
Hoje eu vi uma criança (um menino) orando e chorando na
igreja [...] Ele clamava aos céus de uma maneira tão convincente, como se
realmente quisesse obter alguma resposta de lá. Fiquei pensando sobre o que
estaria se passando em seu lar, com seus pais, seus irmãos. Ele estava ali,
ajoelhado, debruçado no banco à minha frente, tentando estabelecer um diálogo
com o Senhor. Essa situação fez-me imaginar uma porção de perguntas sobre esta criança. Como será que essa criança imagina ser Deus? Será que ele
pensa que Deus é um homem velho e sisudo, que não ama as crianças? [...] Imaginava
isso, enquanto os meus olhos se enchiam de lágrimas... Entretanto, agora eu
estava chorando mais do que o menino... Queria tanto que Deus ouvisse a oração
daquele pequeno que não merecia ter nenhum problema insolúvel. Queria que ele
fosse uma criança normal, que confiasse na sua mãe, no seu pai, que fosse para
a escola e tirasse notas boas, como todas as crianças normais. As perguntas foram surgindo na minha mente: Será que o seu pai bate na sua mãe? Será que o seu pai
está desempregado? Será que a mãe lhe contou que o pai não presta? Será
que seu pai está preso? Ou morto? Será que ele não tem nem mãe e nem
pai e mora com os avós?
Porque, naquele exato momento, ele poderia estar no
banheiro da igreja, dando descarga, ou se olhando no espelho ou abrindo as
torneiras automáticas, ou subindo nas cadeira para ver o tanque batismal, como todas as outras crianças, mas não! Estava ali,
ajoelhado e chorando bravamente! Orando a Deus!
Porém, o que o fazia chorar? Eu poderia ter
perguntado isso a ele, mas não queria interromper a sua comunhão com Deus.
Resolvi então, perguntar para Deus o porquê daquela criança estar chorando
tanto assim? Não obtive nenhuma resposta, então pedi para Deus me acalmar, pois
eu já chorava descontroladamente. Foi neste momento que comecei a me lembrar da
minha infância, das surras que tomei dos meus pais (algumas injustas), da
saudade sofrida que eu tive da minha mãe que saia para trabalhar e demorava
tanto para retornar. Lembrei-me do quanto o meu pai era violento, comigo e com os
meus irmãos mais velhos.
Criança não deveria ter problema. Criança não tem contas a pagar.
Criança não deveria ter problema. Criança não tem contas a pagar.
E as perguntas não paravam de surgir: Será que o menino foi estuprado? Será que ele estava
sendo ameaçado por algum adulto malvado? Que Deus tenha misericórdia de todos
nós, mas principalmente das frágeis crianças, em nome de Jesus, amém!
_______________________
Texto de Onofre W. Johnson
Escrito em 29/04/2014
_______ É isso aí... (Outra maneira de dizer amém) _______
<<<<<<< COMPARTILHA >>>>>>>
Nenhum comentário:
Postar um comentário