sexta-feira, 6 de março de 2015

"CRIANÇA NÃO TEM CONTAS A PAGAR".

Onofre W. Johnson
"CRIANÇA NÃO TEM CONTAS A PAGAR".
Por: Onofre W. Johnson

Hoje eu vi uma criança (um menino) orando e chorando na igreja [...] Ele clamava aos céus de uma maneira tão convincente, como se realmente quisesse obter alguma resposta de lá. Fiquei pensando sobre o que estaria se passando em seu lar, com seus pais, seus irmãos. Ele estava ali, ajoelhado, debruçado no banco à minha frente, tentando estabelecer um diálogo com o Senhor. Essa situação fez-me imaginar uma porção de perguntas sobre esta criança. Como será que essa criança imagina ser Deus? Será que ele pensa que Deus é um homem velho e sisudo, que não ama as crianças? [...] Imaginava isso, enquanto os meus olhos se enchiam de lágrimas... Entretanto, agora eu estava chorando mais do que o menino... Queria tanto que Deus ouvisse a oração daquele pequeno que não merecia ter nenhum problema insolúvel. Queria que ele fosse uma criança normal, que confiasse na sua mãe, no seu pai, que fosse para a escola e tirasse notas boas, como todas as crianças normais. As perguntas foram surgindo na minha mente: Será que o seu pai bate na sua mãe? Será que o seu pai está desempregado? Será que a mãe lhe contou que o pai não presta? Será que seu pai está preso? Ou morto? Será que ele não tem nem mãe e nem pai e mora com os avós?
Porque, naquele exato momento, ele poderia estar no banheiro da igreja, dando descarga, ou se olhando no espelho ou abrindo as torneiras automáticas, ou subindo nas cadeira para ver o tanque batismal, como todas as outras crianças, mas não! Estava ali, ajoelhado e chorando bravamente! Orando a Deus!
Porém, o que o fazia chorar? Eu poderia ter perguntado isso a ele, mas não queria interromper a sua comunhão com Deus. Resolvi então, perguntar para Deus o porquê daquela criança estar chorando tanto assim? Não obtive nenhuma resposta, então pedi para Deus me acalmar, pois eu já chorava descontroladamente. Foi neste momento que comecei a me lembrar da minha infância, das surras que tomei dos meus pais (algumas injustas), da saudade sofrida que eu tive da minha mãe que saia para trabalhar e demorava tanto para retornar. Lembrei-me do quanto o meu pai era violento, comigo e com os meus irmãos mais velhos. 
Criança não deveria ter problema. Criança não tem contas a pagar.
E as perguntas não paravam de surgir: Será que o menino foi estuprado? Será que ele estava sendo ameaçado por algum adulto malvado? Que Deus tenha misericórdia de todos nós, mas principalmente das frágeis crianças, em nome de Jesus, amém!
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Texto de Onofre W. Johnson
Escrito em 29/04/2014

_______ É isso aí... (Outra maneira de dizer amém) _______

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